Você tem que saber...
Gabriela Custódio
gabrielacustodio@opovo.com.br
Por que o avião voa
Você já se perguntou o que faz um avião voar? E você sabia que, de toda a estrutura do avião, as responsáveis pela sustentação dele são as asas? O professor Flávio Cunto, do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), resume que os aviões voam pela “simples ação do ar” sobre elas. O instrutor da Escola de Aviação Civil Safety & Aviation Training (SAT) e comissário de voo Marcílio Breno e o engenheiro civil Samuel Torquato também nos explicam as questões físicas que permitem esse processo.
No formato do avião, um fator que permite o voo é o desenho das asas. Elas são inclinadas para cima e têm a superfície superior curvada.
À medida que o avião acelera e ganha velocidade, o vento exerce uma força aerodinâmica sobre as asas. É gerada a força de sustentação, oposta ao peso da aeronave, que impulsiona o avião para cima.
Pela diferença de formato das superfícies das asas, a velocidade do ar que passa pela parte superior é maior e a pressão nessa área se torna menor. Ao contrário, na superfície inferior a velocidade é menor e a pressão exercida nela é maior.
É essa diferença de pressão que gera a força de sustentação. (ver figura 1)
Quando o avião atinge aproximadamente 250 km/h, a sustentação se torna maior que o peso e então a aeronave decola.
Uma vez no ar, em voo estável e altitude constante, as forças peso e sustentação entram em equilíbrio. Caso haja aceleração, a sustentação volta a ficar maior e o avião torna a subir.
No momento de aterrissar, à medida que a velocidade com que o vento incide nas asas diminui, o peso volta a se tornar maior do que a sustentação. Assim, a aeronave desce.
Além da sustentação e do peso, outras duas forças são exercidas sobre as asas durante o voo. Enquanto os motores da aeronave produzem a tração, força que impulsiona o avião para frente, o vento produz uma força contrária, chamada arrasto. (ver figura 2)
O que faz um avião voar, portanto, é a diferença de pressão nas superfícies superior e inferior das asas somada às quatro forças que atuam nelas durante o voo. (ver figura 2)
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