Atualizada às 22h51min
Um artigo publicado por professores da Universidade Federal do Ceará (UFC), em boletins da OMS (Organização Mundial da Saúde), indica que os casos de microcefalia eram subnotificados na 'era pré zika'.
A subnotificação, geralmente decorrente da passividade da maioria dos sistemas de vigilância, revela uma possível fragilidade das estatísticas oficiais do País.
De acordo com o pesquisador do Departamento de Saúde Comunitária da UFC, professor Hermano Alexandre Lima Rocha, há dez anos, provavelmente ocorriam mais casos do que aqueles que chegaram, de fato, a ser notificados.
"Provavelmente teve aumento (de casos) e existe o surto, mas não tão grave quanto estejam imaginando agora", frisa o pesquisador, que ainda ressalta ser necessário levar em conta que o diagnóstico antecipado "estressa muito" a família.
Segundo o professor, em 2007 havia notificação de apenas 200 casos por ano, enquanto que, recentemente, cerca de 5 mil casos da doença foram notificados em apenas oito meses.
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"Ponto de corte"
De acordo com os critérios do Ministério da Saúde, os recém-nascidos com microcefalia são aqueles cuja circunferência da cabeça é menor ou igual a 32cm.
Porém, conforme os docentes, dos recém-nascidos avaliados de maio de 2015 a janeiro de 2016 com o perímetro cefálico menor que o ideal, apenas 36% foram diagnosticados com microcefalia.
O pesquisador diz que, embora seja "melhor pecar por excesso", o "ponto de corte", na concepção dos pesquisadores, deveria ser reduzido para 31,6 cm, pois nem sempre um bebê notificado com o perímetro cefálico inferior a 32cm tem microcefalia.
Além do perímetro cefálico menor que o esperado, os bebês acometidos pela condição neurológica rara (microcefalia) devem apresentar alterações cerebrais.
Para o docente, portanto, ainda é cedo para relacionar a epidemia de microcefalia ao zika, considerando a incipiência dos estudos.
Pesquisa
A pesquisa foi realizada com base em um levantamento feito em 2007 por professores da UFC e de outras universidades da Rede Nordeste de Saúde Perinatal.
Na ocasião, 15 pesquisadores e 50 profissionais da saúde mediram o perímetro cefálico de 996 recém-nascidos, em nove estados do Nordeste. A microcefalia foi identificada em apenas 38 casos, número correspondente a 2,8% do total.
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