A Reunião do Primeiro Comando da Capital (PCC) em um sítio de Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza, que acabou com 32 pessoas presas, tinha o objetivo de recrutar novos membros e se preparar para atacar uma agência bancária no município de Milhã. A informação foi repassada pelo titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Raphael Vilarinho, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira, 24.
A operação foi coordenada pela DRF e Divisão Antisequestro (DAS). De acordo com Raphael Vilarinho, organização criminosa realiza uma reunião anual para ajustar os objetivos, como o cometimento de crimes de roubo, homicídios e o tráfico de drogas. Após a reunião seria feita a comemoração da suposta união de facções, com banho de piscina e música, no entanto, a investigação das duas Especializadas, que acontecia há aproximadamente cinco meses, identificou que os indivíduos estariam reunidos no sítio e esperou o melhor momento para invadir a festa. Parte do grupo que se preparava para o ataque em Milhã foi identificado e teria confessado aos policiais civis sobre o ataque.
Conforme o titular da Divisão Antisequestro, delegado Antônio Pastor, ao arrombar a porta, os policiais foram recebidos a tiros. Alguns homens fugiram, mas outros permaneceram sem se render. No entanto, Pastor ressalta que o armamento utilizado pela equipe de mais de 40 policiais civis, era superior ao da facção. Ninguém saiu ferido. Dos 32 presos, mais de 20 possuem antecedentes criminais, um possui mandado de prisão em aberto, dois utilizam tornezeleira eletrônica e um é foragido do sistema penitenciário.
Foram apreendidas uma submetralhadora artesanal calibre 380, uma pistola calibre .40 subtraída da Polícia Civil do Piauí, além de meio quilos de cocaína e munições calibre 9 milimetros e 556, de uso restrito. Além de motocicletas de luxo e celulares. Vilarinho explica que existem vários grupos dentro da facção, um grupo de assalto, outro de tráfico de drogas e o dos homicidas.
"Eles iriam traçar a estratégia para angariar lucros individualmente e tentar afrontar a sociedade, mas a Polícia conseguiu uma resposta a altura". O delegado afirmou que alguns tentaram quebrar os celulares para se esquivar da responsabilidade penal, mas ressaltou que as investigações seguem adiantadas e o grupo não tem como fugir das provas.
"Eles se intitulam PCC, mas a Polícia não reconhece sigla de organização criminosa e vamos combater todas as que se instalarem. Lá tinha muro pizxado PCC é o crime, para querer intimidar a população", relata o titular da DRF. O delegado Eduardo Tomé ressaltou que a facção, além de buscar pessoas experientes no crime, também tem aliciado adolescentes.
Os 32 homens foram presos e autuados em flagrante pelos crimes de tentativa de homicídio contra os policiais civis, organização criminosa, tráfico de drogas, associação para fins de tráfico, corrupção de menores. O presos foram distribuidos em diferentes delegacias por questões de segurança e para evitar que se comuniquem entre si.
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