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10 MESES APÓS O CRIME 28/07/2016 - 16h49

Presos dois suspeitos de estupro coletivo no Crato

A vítima é uma mulher que sofre de transtornos psicológicos. Outro homem, que está com prisão temporária decretada, não foi localizado pela Polícia
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Dois homens foram presos na última quarta-feira, 27, suspeitos de integrar o grupo que estuprou uma mulher na cidade do Crato, na microrregião do Cariri. O crime ocorreu em agosto de 2015. Os suspeitos foram identificados pela Delegacia Regional do Crato por imagens gravadas por pessoas que assistiram à ação e compartilharam o conteúdo nas redes sociais. Outro homem, também suspeito de participação no crime, não foi localizado pela Polícia.

Os homens confessaram o crime durante interrogatório. Eles vão responder por estupro de vulnerável, uma vez que a vítima possui problemas psiquiátricos e faz uso de medicação controlada.

Os suspeitos são Francisco Marinho de Menezes, conhecido como Fran, 42 anos, que trabalha como pedreiro e tem passagens pela Polícia por crimes ambientais e ameaça, e Francisco Custódio de Almeida Filho, 29 anos, servente sem antecedentes criminais. Os dois estavam com prisão temporária decretada.

Crime
De acordo com informações do delegado Diogo Galindo, o crime aconteceu no dia 30 de agosto de 2015, por volta das 8 horas da manhã. A vítima passou por um bar, no bairro Vila Lobo, onde os suspeitos estavam bebendo.
 
Ao reconhecer um deles, a mulher se juntou ao grupo. Após embriagá-la, os homens a conduziram para um matagal, onde ocorreu o crime. “A vítima desmaiou durante a ação. Em outro momento, ela acordou e tentou reagir, mas estava em estado de torpeza e não conseguiu”, completa o delegado.

Três homens participaram do estupro. Mas, segundo a investigação, pelo menos outras sete pessoas acompanharam a crime de perto. “Estas, em vez de socorrer a mulher, gravaram a ação”, continua o investigador. Segundo ele, essas pessoas devem ser identificadas e enquadradas criminalmente.

Investigações
A própria vítima denunciou o crime à Polícia Civil, que só executou as prisões quase 11 meses após o ocorrido. De acordo com Galindo, a demora na localização do grupo se deveu à dificuldade de identificar os suspeitos pelas imagens gravadas.

“Os vídeos são muito curtos e não mostram os rostos dos homens. Foi preciso um trabalho específico para identificar cada um dos suspeitos”, justifica. O nome do terceiro homem, que também está com prisão temporária decretada e ainda não foi localizado, não foi divulgado pela Polícia.
 
Redação O POVO Online 

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