22 de setembro de 2018 21/09/2018 - 19h14

Apesar de mais capacitada, mulheres ganham 26% a menos

notícia 0 comentários
{'grupo': '', 'id_autor': 19155, 'email': 'gabrielserpa@opovo.com.br', 'nome': 'Gabriel Serpa'}
Gabriel Serpa gabrielserpa@opovo.com.br
GettyImages


Uma pesquisa realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), revela que as mulheres seguem em ascensão na sociedade. De acordo com o estudo o número de profissionais diplomadas não para de subir, porém as mulheres ainda ganham um salário inferior ao homem com a mesma situação e capacitação.
Além da diferença salarial, as mulheres seguem encontrando dificuldades de competir com os homens no mercado de trabalho. De acordo com o estudo Panorama da Educação 2018, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais (Inep), 50% das mulheres entre 25 e 34 anos tinham diploma no ano passado, contra 38% dos homens.
Porém, quando analisamos o mercado de trabalho, a OCDE estima que 20% dessas profissionais estejam desempregadas, enquanto que entre os homens o índice é de 10%.
A organização aponta que as mulheres ganham em média 26% a menos. José Raimundo Carvalho, membro do Centro de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará - Caen, acredita que essa diferença é um reflexo cultural de nossa sociedade." Assim como a discriminação em relação a etnia, podemos afirmar que existe uma preconceito por causa do gênero no mercado de trabalho", diz.
 
 No cenário brasileiro, 20% das mulheres na mesma faixa etária conquistaram o diploma de ensino superior ano passado. Entre os homens o percentual é de 14%. Apesar disso, 17% dessas mulheres estavam desempregadas, enquanto que entre os homens diplomados, o índice de desemprego cai para 9%.
 A Organização Internacional do Trabalho (OIT) produziu, no ano passado, um relatório apontando que as mulheres encontram mais dificuldades, pois além de trabalharem fora, precisam cuidar da casa e da família. Isso se reflete na baixa participação feminina no mercado.
 Segundo o relatório, apenas 48,5% das mulheres com mais de 15 anos participam do mercado de trabalho, ao passo que entre os homens a taxa é de 75%.  A desigualdade se intensifica em países do Norte da África e Estados Árabes, isso se dá, de acordo com a OIT, em função de costumes culturais excludentes e que priorizam a figura masculina.
 Para a Organização Mundial do Trabalho, a instauração de políticas públicas são decisivas para a melhora do panorama. Nesse sentido, leis que inibem a exclusão de mulheres grávidas do mercado de trabalho, por exemplo, são indispensáveis.
Ainda segundo o levantamento, os países que adotaram uma política de igualdade, registraram um aumento de 15% na participação feminina no mercado de trabalho.

espaço do leitor
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro a comentar esta notícia.
0
Comentários
500
As informações são de responsabilidade do autor:

Banco de Dados O POVO

Unidade de informação jornalística que mantém a guarda dos arquivos publicados no O POVO desde 1928.

Fale Conosco

E-mail: bancodedados@opovo.com.br
Tel: 85 3255.6142 ou 85 3255.6140

  • Em Breve

    Ofertas incríveis para você

    Aguarde

Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje

Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object

Newsletter

Receba as notícias do Canal Acervo

Powered by Feedburner/Google