21 de agosto de 2018 20/08/2018 - 18h20

Segundo pesquisa, 80% dos estudantes universitários já foram afetados por problemas emocionais

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Gabriel Serpa gabrielserpa@opovo.com.br
Acervo O POVO


A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) realizou pesquisa realizada em todas as regiões do País e constatou que oito em cada dez estudantes de graduação relataram que já tiveram algum problema emocional.

Segundo o levantamento, entre os estudantes que afirmaram já ter passado por problemas emocionais decorrentes da vida universitária, 60% relataram que já tiveram ansiedade, 32% insônia, 20% tristeza permanente, 10% medo ou pânico, 6% ideia de morte e 4% já pensaram em cometer suicídio.

Juliana Pinheiro, 21 anos e estudante do curso de Engenharia Civil, relata que já passou por diversas crises de pânico e ansiedade por conta dos estudos. "Eu não conseguia dormir, a preocupação é muito grande. Em épocas de prova é quando tudo chega ao ápice, pânico, insônia, medo de reprovar, tudo isso chega de uma vez. É bem complicado", diz.

Carmen Aquino, mãe de Juliana, foi fundamental para que a filha conseguisse superar os problemas. "Eu não sabia de nada, mas, com o decorrer do semestre ela ia ficando cada vez mais distante, até que eu a encontrei trancada no banheiro chorando", relata a mãe.

Após o episodio, mãe e filha passaram a frequentar seções de psicologia. "Depois que tive ajuda profissional a situação ficou bem mais fácil, não sinto mais tanta pressão, mas se não fosse a ajuda que tive em casa e não sei o que seria de mim", completa.

A psicóloga e especialista em orientação profissional e carreiras, Alane Bandeira da Silva, acredita que os alunos já chegam fragilizados na universidade, devido a uma série de exigências em torno do status social em que precisam ocupar como garantia de sucesso profissional. “Estas exigências podem levar um sofrimento psíquico, graças ao modelo de vida que muitos estudantes levam até chegar a tão sonhadas universidade, em especial, os que passam em vestibulares concorridos. Depois de conseguirem adentrar no ensino superior, algumas vezes não conseguem compreender o verdadeiro sentido da universidade em sua vida e nem mesmo da sua escolha”, completa.

Alane também acredita que ter uma rede de suporte que apoie o aluno nesses momentos é fundamental para superar os problemas. “Família, amigos, universidade e profissionais como: psicólogos, professores de curso, coordenadores são decisivos para a recuperação dos estudantes”, afirma.

Os estudantes ainda relataram outros problemas que acabam agravando o emocional. Entre os motivos estão a falta de dinheiro (42,21%), carga excessiva de trabalhos estudantis (36,1%), falta de disciplina e hábito de estudo (28,78%), adaptação a mudanças de cidade, moradia e distância da família (21,85%), e, relação com o professor (19,8%).

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