Filho de um casal de atores de teatro, começou a trabalhar ainda criança em espetáculos de pantomima, um tipo de apresentação dramática criada pelos romanos. Em 1910, foi para os Estados Unidos onde, estreou no cinema quatro anos depois com a produção Making a Living. Participou inicialmente de 34 filmes, dirigindo a maioria deles. Figura emblemática do cinema mudo comoveu gerações com seu famoso personagem Carlitos. Em 1952, voltou à Europa, desgostoso com a campanha do macartismo, só voltando aos Estados Unidos em 1972 para receber um Oscar especial. Considerado gênio da sétima arte, fez mais de 60 filmes, dentre eles se destacam: Luzes da Cidade (1931), O Grande Ditador (1940) e Tempos Modernos (1936).
“A única coisa tão inevitável quanto a morte é a vida”
Acervo O POVO
Matéria publicada no O POVO em 18 de abril de 1978
Dois meses após a sua morte, o corpo de Charles Chaplin foi roubado do pequeno cemitério suíço na cidade de Corsier-sur-Vevey desencadeando intensa investigação policial. O POVO acompanhou a série de notícias sobre a apuração policial. Os sequestradores exigiram o resgate no valor de US$ 400.000,00 (quatrocentos mil dólares), recusado pela viúva do ator, Oona O’Neill.
Os criminosos foram descobertos e presos após cinco semanas de investigação. Os dois mecânicos automotivos Roman Wardas, da Polônia e Gantscho Ganev, da Bulgária, revelaram o local onde o corpo foi escondido. Quanto a Charles Chaplin, seus restos mortais foram novamente sepultados em seu túmulo, reconstruído em concreto para prevenir novas tentativas de roubo.