Gloria Kalil criou o primeiro site de moda brasileiro no ano 2000 (www.chic.com.br) e é autora de cinco best-sellers de moda e comportamento: Chic Homem (1998); Alô Chics (2007); Chic: um guia de moda e estilo para o século XXI (2011); Viajante Chic: Dicas de viagem (2012); e Chic[érrimo] (2014). Referência em estilo e elegância no país, a expert, com gentileza, carinho e educação atendeu a revista O POVO Lounge para um bate-papo sobre o seu novo livro “Chic Profissional: Circulando e Trabalhando no Mundo Digital Globalizado”.
Na conversa, Gloria falou sobre as mudanças no ambiente corporativo, brasileirices, redes sociais e mais. Embora muito conectada com o mundo moderno — são 143 mil seguidores no perfil Instagram @gloriakalil — a jornalista, empresária e consultora de moda dispensou a formalidade da troca de e-mails e, em tempos de WhatsApp, preferiu a ligação à moda antiga. Confira!
Houve muitas mudanças de conduta no mundo corporativo?
Claro que sim, pois temos novas categorias de trabalho no mercado. Tem o formal, informal e o mega informal. Neste último, encaixam-se todas as empresas de tecnologia e internet, por exemplo, com novas possibilidades no modo de se vestir e agir. São categorias que não existiam antes. As mudanças nas roupas são incríveis, porque a maioria das empresas está indo em direção ao 'informalismo'. Se antes uma empresa não pensava em contratar uma pessoa com tatuagem, hoje é diferente. A cabeça do empresário mudou porque ele entende que pode não conseguir o jovem talento ou manter a companhia atualizada se não se adaptar. O mundo além de conectado é globalizado e é preciso abrir-se às novas maneiras de convivência.
Os executivos brasileiros pecam muito em geral em que tipo de abordagens/condutas?
Tem um capítulo do livro, na página 149, que fala muito das nossas ‘brasileirices’. O que para nós é normal pode ser visto com estranheza pelo estrangeiro como, por exemplo, a nossa informalidade com a velha mania de chamar qualquer pessoa de querida e beijar ao cumprimentar. Outro ponto é que o brasileiro e a brasileira têm um estilo próprio de pontualidade, em que aqueles dez ou vinte minutinhos de atraso não são deselegantes, mas para outras culturas, como a alemã e a britânica, são sim. O tipo de comunicação também é muito complexo em nosso País. Não é comum ir direto ao ponto e, antes disso, damos milhões de voltas quando é preciso criticar o resultado de um trabalho ou fazer advertência. O livro é cheio de exemplos sobre os assuntos e, um dos casos, é de uma brasileira que estava trabalhando para uma empresa estrangeira em que as equipes são avaliadas pelo comportamento. A equipe perdeu pontos por não ser incisiva ao criticar. Quem tem a sua cultura sabe que ela fez isso porque acredita ser mais delicado. Não nos damos conta disso e pode ser complicado numa relação corporativa globalizada.
A ideia do livro surgiu de tanto observar esse comportamento?
Sim. Pesquisas apontam que dentro de 20 anos 60% dos empregos que existem não vão existir mais. Tudo muda o tempo todo, mas as relações humanas são as mesmas. O livro é um guia para o brasileiro e a brasileira saberem lidar com o outro e observar seu comportamento antes de tomar atitudes no universo corporativo e na vida como um todo. Trato nos gêneros masculino e feminino porque, quando me refiro aos brasileiros, sinto que não estou falando das mulheres. Logo na primeira pagina do livro tem uma carta sobre isso da língua portuguesa colocar as mulheres embaixo da identidade masculina. Não gosto e, por isso, trato dessa forma.
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