O elo entre Juazeiro do Norte e a fé não deixa dúvida de sua existência: os terços, os passos e a devoção indubitável fazem da cidade um terreno fértil para os fiéis. A procissão de São Francisco das Chagas, ocorrida no município no último dia 4 de outubro, é um dos atos religiosos que atestam essas afirmativas.
Cezina Gomes e Maria de Lourdes somam diversos motivos para alimentar a fé em São Francisco das Chagas. Cezina, mulher de poucas palavras, diz "tudo o que peço alcanço". A segunda repete a justificativa da amiga e acrescenta: “Tive uma vida muito sofrida, mas logo aos dez anos minha mãe me ensinou o caminho da fé como fonte de vida”.
“Aos seis anos, eu já ia com meus pais nas missas e comemorações religiosas. Já passei por muitas situações de doença na família.Uma delas foi com a minha mãe. Ela tinha diabetes e estava com uma ferida na perna. Fiz uma promessa para São Francisco das Chagas e ela ficou curada”, relembra. Vestido com bata marrom, lamenta não ter ido ao salão ajeitar o cabelo para que ficasse "igualzinho ao de um franciscano”.
Ela elenca diversas razões para ter uma fé inabalável “em Jesus Cristo e em São Francisco das Chagas”. “Joelho doente para ser amputado e problema nos olhos que quase que me tira a possibilidade de enxergar: não são poucos os problemas que aconteceram comigo e que Jesus e São Francisco nos fizeram superar", conta, de pés descalços, a devota.
Setenta e sete anos de vida a ensinaram muitas coisas. Uma delas é a fé que a devota diz ter há muitos anos. “Diante de tanta dor, minha fé em Jesus Cristo, em São Francisco e em Nossa Senhora das Dores nunca me abandonou. E eles nunca me abandonaram".
Em meio aos milhares presentes na procissão, havia alguém com sorriso e alegria destoantes. Era o devoto Elias Alves, que diz ser, há pelo menos 40 anos, um admirador de São Francisco das Chagas. “Minha filha, eu já passei foi um ano sem andar, dependendo de uma muleta. E hoje estou aqui feliz e cheio de histórias de fé para contar”, justifica-se.
Nos braços de Tânia Pereira e aos 16 dias de vida, Maria Eduarda "pagava" a promessa por sua chegada ao mundo. “Estamos aqui para agradecer a São Francisco das Chagas por eu ter engravidado dela. Eu tentava há muitos anos. Foi meu primeiro pedido a ele e alcancei".
Especial
Mais imagens e outros momentos marcantes da procissão podem ser conferidos no site especial preparado para a ocasião: Especial Procissão de São Francisco das Chagas.
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