O POVO


BENEDITO OLIVEIRA

Vice de Aílton lopes promete estatização do transporte público e reestatização do BEC

23/09/2014 | 12:42

O candidato a vice-governador na chapa de Aílton Lopes (Psol), Benedito Oliveira (PCB), prometeu que, se eleito, seu partido buscará a estatização do transporte público no Ceará e a reestatização do Banco do Estado do Ceará (BEC). Bené, como é conhecido, foi entrevistado nesta terça-feira, 23, na rádio O POVO/CBN, pelos jornalistas do O POVO Bruno Pontes, repórter do núcleo de Conjuntura; e Nathália Bernardo, editora-adjunta do núcleo de Economia; com mediação do apresentador Ruy Lima.

O repórter Bruno Pontes destacou que o programa de governo do PCB propõe a estatização do transporte coletivo e de outros setores considerados estratégicos pelo partido. Questionado sobre quais estatizações proporia no Ceará, caso eleito, Bené afirmou que lutaria pela estatização do serviço público em sua totalidade e do transporte coletivo. “O transporte é um bem do povo e não pode ser mercadoria nas mãos de grandes grupos que hoje detém o sistema de transporte público no Brasil e no Ceará”, criticou.

Indagado se proporia a reestatização de empresas como BEC e Coelce – privatizadas pelo Governo Federal e Estadual, respectivamente, na gestão do então governador Tasso Jereissati (PSDB), Bené disse que a reestatização dessas empresas é um dos projetos do partido. “Mas é necessário tempo. Vai haver resistência e luta contrária à reestatização”, frisou.

Telefonia

A jornalista Nathália Bernardo ponderou que, atualmente, há consenso diante de estatizações que baratearam custos e popularizaram o acesso a serviços, como o caso da telefonia. Ela perguntou ao vice se estatizar alguns setores não representaria um retrocesso. Para Bené, ações como a popularização e o barateamento dos serviçõs não são um benefício das privatizações.

“A questão de redução de preços faz parte do sistema porque, na renda de pobreza que temos hoje, eles têm de baratear porque, senão, não vendem para ninguém. Não é uma benesse do sistema privatizado”, defendeu. “Vai chegar um tempo em que não vou poder fazer uma ligação porque não terei crédito para por no celular”, acrescentou.