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O 'japonês da PF' agora é também máscara de Carnaval. Figura presente na escolta dos maiores alvos da Operação Lava Jato em Curitiba, entre políticos e empreiteiros, o agente da Polícia Federal Newton Ishii virou celebridade nas redes sociais. Em 2015, ele havia sido homenageado com uma marchinha e um boneco de Olinda que serão exibidos na festa de Momo em fevereiro próximo.
"O japonês aparece cada vez que alguém que vai para a prisão, é parte de toda essa Lava Jato. Tínhamos que ter ele", conta Olga Valles, dona da fábrica Condal, que produz máscaras desde 1958. "Hoje foi feito o protótipo da máscara dele. A primeira tiragem deve ficar entre 60 e 120 peças."
A máscara do rosto de Ishii será vendida em dois modelos, com e sem óculos. Olga Valles explica que o carro-chefe da fábrica não são as máscaras de políticos. "Não é o que dá nosso lucro, que vem com máscara de macaco, monstros, fantasias. A parte de políticos, meu marido adorava. Ele começou a fazer após a ditadura", diz.
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O maior sucesso dos últimos anos, ela afirma, foi a máscara do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa. No carnaval de 2013, foram vendidas 15 mil peças.
"O que acontece é que os políticos são uma caixinha de surpresa. Você não sabe se o público vai gostar ou não. É complicado, tem político que vende muito e outro que não vende nada", afirma Olga Valles.
As máscaras do ex-presidente Lula, do ex-ditador Saddam Hussein e do terrorista Osama bin Laden estão na lista das bem vendidas. Já a venda das máscaras da presidente Dilma e do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), têm sido "pouco expressivas".
Para este ano, há ainda a máscara do senador Delcídio Amaral (PT/MS). Em novembro de 2015, o ex-líder do governo no Senado foi preso sob acusação de tramar contra a Operação Lava Jato.
"Os políticos estão desacreditados, mas o mercado está bem desaquecido. Passamos um ano de 2015 horrível. Vamos ver esse ano", diz Olga Valles.
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