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Audifax Rios viveu, amou e criou de um tudo. Do desenho de traço forte às palavras tão reveladoras da identidade cearense, o escritor, artista plástico e colunista do O POVO gravou sua marca na nossa cultura. Ele partiu no último sábado, 25, já pertinho do fim de tarde, aos 69 anos. Estava em Santana do Acaraú, amada terra natal onde ele se “apeava” para observar o rio. Sentou-se, descansou e um mal súbito lhe tomou. O enterro foi ontem à tarde, no Jardim Metropolitano, no Eusébio. Unidos, os familiares, amigos e admiradores entoaram: “Audifax presente, hoje e sempre”.
Despedida Audifax RiosConfira a galeria de fotos do escritor e colunista Audifax RiosVeja a galeria de ilustrações de Audifax RiosA arte entre tintas e letrasAudifax Rios é enterrado no Eusébio
“Ele era um bom exemplo para mim e para quem mais estivesse por perto. Meu pai era só muito amor”, disse emocionada Mariana Rios. Ela, os irmãos Susana, João e Juliana e a esposa do escritor, Valda, foram amparados por artistas, políticos e outras personalidades cearenses que se reuniram para dar adeus ao homem multifacetado.
O cineasta Rosemberg Cariry lamentou a morte do “amigo-compadre”. O escritor era padrinho da filha dele, a também cineasta Bárbara Cariry. “Audifax deixa uma contribuição incrível, sobretudo, pela originalidade de estética e temática. Ele fez a transição entre o sertão e a cidade, a xilogravura e o desenho”, aponta. Rosemberg destaca ainda a “ação cidadã” do amigo na militância a favor de movimentos sociais, sindicais e artísticos. “Seu desenho inseriu a arte do cotidiano na luta do seu povo”, pondera.
“Ele era culto e simples. Tinha a capacidade de saber ouvir e congregar toda a turma da cultura cearense. É uma perda irreparável”, lamenta o editor Sérgio Braga, que por 30 anos conviveu diariamente com Audifax.
Incentivador
Reconhecida Brasil afora, a obra de Audifax era apreciada pelo escritor Ariano Suassuna (1927 –2014), que tinha emoldurada na sala de casa uma pintura do cearense. Em entrevista ao O POVO, na ocasião da morte do paraibano, o colunista ressaltou a perda de um ser tão “incentivador”. Agora, o lamento se repete na voz de seguidores do cearense. “O Audifax tinha um coração generoso, não tem um movimento cultural nessa cidade que não tenha a mão dele. Ele era um incentivador, me deu oportunidade quando eu tinha 17 anos”, conta o artista plástico Ronaldo Cavalcante.
Como na casa do pai do Chicó e João Grilo, Audifax seguirá presente habitando a sala principal da história da cultura do Ceará.
PERFIL
Natural de Santana do Acaraú, Audifax Rios nasceu dia 17 de abril de 1946. Quando jovem, trabalhou na TV Ceará, Canal 2, onde criou cenários para novelas estreladas por Ary Sherlock e Emiliano Queiroz. Fez carreira como pintor, escritor, ilustrador, xilógrafo e publicitário. Foi membro atuante do Clube do Bode, confraria de intelectuais do Estado. Há dois anos, vinha reunindo amigos e histórias na revista De um Tudo, almanaque da identidade cearense. Era colunista do Vida&Arte, caderno em que publicou textos até a última sexta-feira, 24. Participou de inúmeros projetos da Fundação Demócrito Rocha.
Multimídia
Veja entrevista de Audifax às Páginas Azuis do O POVO em
Veja galeria de ilustrações de Audifax em: http://migre.me/pD5uu
Veja crônicas da Coluna do Audifax em:
www.opovo.com.br/colunas/audifaxrios
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