ADAIL 15/04/2016

Camilo exonera deputado Adail Carneiro para votar sobre impeachment

Adail Carneiro tira vaga de Paulo Lustosa, que poderia acompanhar PP pelo impeachment. Deputado, no entanto, ainda não confirma voto
notícia 2 comentários

 

O governador Camilo Santana (PT) exonerou ontem o deputado federal Adail Carneiro (PP) de cargo no Estado para que ele vote contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT) no domingo. O afastamento foi confirmado após reunião entre o deputado e o governador, mas Adail ainda não garante voto pró-Dilma. Também ontem, Gorete Pereira (PR) confirmou voto contra o impedimento da presidente.

 

Com a volta de Adail, que ocupava assessoria especial do governo em Brasília, a expectativa é que grupo anti-impeachment ganhe novo voto – ficando com 12 adesões contra e oito a favor no Ceará. Suplente que ocupa a cadeira, Paulo Lustosa (PP) se diz indeciso, mas afirma que pode votar “com o partido”. O PP, por sua vez, fechou voto de apoio ao impeachment.


Apesar de ato publicado no Diário Oficial afastando Adail afirmar que exoneração ocorreu “a pedido”, o deputado se disse “surpreso” com o fato e não confirmou como votará no caso. “Não estou sabendo de nada. Conversei com o governador hoje (ontem) de manhã, mas ele ficou de me dar uma resposta final sobre uma coisa”, disse.


Tanto Adail quanto Camilo viajaram ontem a Brasília. Em sua passagem, o governador se reuniu com os ministros Jaques Wagner (Gabinete da Presidência) e Ricardo Berzoini (Governo) para traçar estratégias para conquistar votos pró-Dilma. O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), também acompanhou a reunião com os ministros de Dilma.


11 contra e 8 a favor

Também nesta quinta-feira, confirmou voto contra o impeachment a deputada cearense Gorete Pereira (PR). “Sou contra. Na verdade defini agora mesmo. Meu partido liberou algumas pessoas, e eu defini votar contra”, disse a deputada, que afirmou estar disposta a assinar manifesto organizado pelo ex-presidente Lula com votos contrários ao impeachment.

 

Agora, apenas Macedo (PP) e Aníbal Gomes (PMDB) seguem com voto indefinido no Estado. Em nota, Macedo disse ontem “estar se informando” sobre o processo para “tomar decisão justa e consciente no dia da votação em plenário”. Nos bastidores, se comenta que ele articula apoio de Camilo para disputa eleitoral de um aliado seu em Cascavel - na Região Metropolitana de Fortaleza.


Já a assessoria de Aníbal afirma que o deputado estará de licença médica no dia da votação, apesar de a Câmara ainda não ter oficializado uma substituição. Aliado do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos maiores defensores de Dilma, a expectativa é que Aníbal se ausente da votação sob justificativa médica – o que beneficiaria o governo. (Carlos Mazza - carlosmazza@opovo.com.br)

 

SAIBA MAIS


Pelo menos 20 deputados federais que ocupam secretarias de Estado podem voltar à Câmara em articulação dos governadores para votação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff neste domingo. Ao todo, podem reforçar bancadas 15 deputados a favor do pedido e outros cinco contra.


PT: Rui Costa (Bahia) mantém agenda em Brasília, tendo conquistado cinco votos do PSD baiano. Fernando Pimentel (Minas Gerais) exonerará dois secretários para votos contra o impeachment. Já Wellington Dias (PT) exonerará um secretário e a primeira-dama, Rejane Dias.


PSDB: Seis governos da sigla (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, São Paulo) aprovaram voto pelo impeachment. Geraldo Alckmin (SP) exonerou cinco secretários. Já o chefe da Casa-Civil do Paraná e um secretário do governo goiano voltarão à Câmara.


PSB: Os três governadores do partido, Paulo Câmara (Pernambuco), Ricardo Coutinho (Paraíba) e Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal) tiveram reunião com o ex-presidente Lula em que informaram que bancada do partido votará pelo impeachment. Paulo Câmara exonerou quatro deputados para votarem pela medida.


PMDB: Dois secretários de Luiz Fernando Pezão (Rio de Janeiro) irão à Câmara para votar pelo impeachment.


Outros: Dois secretários deixarão o governo Raimundo Colombo (PSD-Santa Catarina) para votos pró-impeachment. Já Flávio Dino (PCdoB-Maranhão) tem articulado atos de juristas contra a medida.

 

espaço do leitor
charles gASPAR PEIXOTO 15/04/2016 09:55
votação se moral nenhuma....temmer...cunha...dois safados que vão comandar o pais...piada de mal gosto
Délio Amora Maciel Neto 15/04/2016 08:57
DOMINGO VAI SER DE TERREMOTOS, RAIOS E TROVOADAS EM BRASILIA SALVE-SE QUEM PUDER
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