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“A morte ocorreu assim: Pedro Jerônimo, após uma série de sofrimentos, foi sentado num banco, sem encosto, e um brutamontes dele se aproximou pelas costas, curvou um joelho encostando-se na coluna dorsal e tentou sufoca-lo com um instrumento escuro (parecia um molho de fio de telefone), puxando nas duas extremidades, para trás (o instrumento era colocado no pescoço, na parte anterior, na garganta); o instrumento constritor foi puxado com muita força, e o resultado foi a quebra do pescoço do homem, Pedro Jerônimo de Sousa, que disso morreu. Aperreados com o crime que cometeram, preparam, em conluio com o DPF (Departamento de Polícia Federal) e o Dops (Departamento de Ordem Política e Social), o simulacro do enforcamento suicida”.
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A descrição, cruel, é dos momentos que antecederam a morte do militante do PCB e à época tesoureiro do MDB cearense, Pedro Jerônimo de Souza. Ele foi morto em setembro de 1975, em sessão de tortura dentro de instalações militares em Fortaleza. A fala é trecho de um depoimento de 1995, dado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) pelo advogado Pádua Barroso, defensor de militantes nos anos de chumbo. Há um inquérito aberto na PF para apurar o caso.
Hoje, às 14 horas, o secretário estadual da Justiça, Hélio Leitão, ex-presos políticos e representantes de entidades e comissões de direitos humanos e anistiados se reúnem com a delegada federal Juliana Sá, na sede da PF, para saber sobre o andamento das investigações e oferecer colaboração ao trabalho.
Perseguido político
Segundo ele, a delegada receberá o relatório completo feito pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-CE. O documento tem outras falas e mais do relato feito pelo advogado Pádua Barroso, que apurou as minúcias da tortura ao militante a partir de um militar que trabalhou no principal órgão repressor militar, o extinto DOI-Codi.
O secretário Hélio Leitão, diz que “enquanto pessoas vão às ruas pedindo intervenção militar, é fundamental que o Estado discuta o assunto, cumpra seu papel de fortalecer a democracia. De buscar a nossa memória e, com isso, garantir que os erros do passado não se repitam no futuro”.
SERVIÇO
Para ler o relatório da Comissão Nacional da Verdade:
http://www.cnv.gov.brOutras informações:
Mais sobre o caso no endereço http://bit.ly/1U5pDMa
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