[an error occurred while processing this directive] PF é cobrada para apurar morte do preso político Pedro Jerônimo | Política | O POVO Online
Pedro Jerônimo 07/03/2016

PF é cobrada para apurar morte do preso político Pedro Jerônimo

Entidades acompanham hoje reunião do secretário da Justiça com delegada da Polícia Federal. Eles cobram andamento do inquérito sobre a morte de militante do PCB torturado e morto em 1975 durante a ditadura
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Cláudio Ribeiro claudioribeiro@opovo.com.br
BRUNO BOCCHINI/ABR
Pedro Jerônimo foi morto durante sessão de tortura dentro de instalações militares em Fortaleza


“A morte ocorreu assim: Pedro Jerônimo, após uma série de sofrimentos, foi sentado num banco, sem encosto, e um brutamontes dele se aproximou pelas costas, curvou um joelho encostando-se na coluna dorsal e tentou sufoca-lo com um instrumento escuro (parecia um molho de fio de telefone), puxando nas duas extremidades, para trás (o instrumento era colocado no pescoço, na parte anterior, na garganta); o instrumento constritor foi puxado com muita força, e o resultado foi a quebra do pescoço do homem, Pedro Jerônimo de Sousa, que disso morreu. Aperreados com o crime que cometeram, preparam, em conluio com o DPF (Departamento de Polícia Federal) e o Dops (Departamento de Ordem Política e Social), o simulacro do enforcamento suicida”.

 

A descrição, cruel, é dos momentos que antecederam a morte do militante do PCB e à época tesoureiro do MDB cearense, Pedro Jerônimo de Souza. Ele foi morto em setembro de 1975, em sessão de tortura dentro de instalações militares em Fortaleza. A fala é trecho de um depoimento de 1995, dado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) pelo advogado Pádua Barroso, defensor de militantes nos anos de chumbo. Há um inquérito aberto na PF para apurar o caso.


Hoje, às 14 horas, o secretário estadual da Justiça, Hélio Leitão, ex-presos políticos e representantes de entidades e comissões de direitos humanos e anistiados se reúnem com a delegada federal Juliana Sá, na sede da PF, para saber sobre o andamento das investigações e oferecer colaboração ao trabalho.


Perseguido político

Para reforçar o trabalho investigativo, a comitiva, inclusive, levará material sobre o que já existe apurado da morte de Pedro Jerônimo. “Temos documentos que provam que ele foi um perseguido político. Queremos colaborar no que for possível, vamos buscar os familiares, enfim fazer toda a articulação necessária para que o caso seja elucidado”, afirma o presidente da Comissão Especial de Anistia Wanda Sidou, Mário Albuquerque, que participará da reunião na PF.

 

Segundo ele, a delegada receberá o relatório completo feito pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-CE. O documento tem outras falas e mais do relato feito pelo advogado Pádua Barroso, que apurou as minúcias da tortura ao militante a partir de um militar que trabalhou no principal órgão repressor militar, o extinto DOI-Codi.


O secretário Hélio Leitão, diz que “enquanto pessoas vão às ruas pedindo intervenção militar, é fundamental que o Estado discuta o assunto, cumpra seu papel de fortalecer a democracia. De buscar a nossa memória e, com isso, garantir que os erros do passado não se repitam no futuro”.

 

SERVIÇO

 

Para ler o relatório da Comissão Nacional da Verdade:

http://www.cnv.gov.br

Outras informações:

Mais sobre o caso no endereço http://bit.ly/1U5pDMa

 

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