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O segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), que começou ontem, deverá ter a educação como traço marcante, cabendo ao ex-governador do Ceará e agora titular da pasta, Cid Gomes (Pros), o comando de um dos ministérios centrais da nova gestão.
Peso político para tanto não faltará. A começar pelo novo slogan do governo, “Brasil, Pátria Educadora”, lançado pela petista, durante o discurso de posse, em Brasília.
Dizendo que o mote é “simples, direto e mobilizador”, a presidente afirmou que o setor será a “prioridade das prioridades” e deverá convergir esforços de todas as áreas do governo. “Só a educação liberta um povo e abre as portas de um futuro próximo”, enfatizou.
Cid, aliado de primeira hora da presidente reeleita, chega à Esplanada dos Ministérios com o prestígio dos avanços na área no Ceará e com o diferencial de pertencer à cota pessoal de Dilma.
Dinheiro
Além do peso político, o conjunto de fatores que pesam a favor da relevância que a educação terá neste governo pode ser traduzido em números. Segundo maior orçamento da União (depois da saúde), a área comandada por Cid terá quase R$ 47 bilhões em recursos públicos, segundo dados do Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) a ser aprovado pelo Congresso.
O montante é quase o dobro dos R$ 23,6 bilhões que o governador empossado Camilo Santana (PT) terá para todas as áreas do governo do Estado. De acordo com o Ploa, o ministério de Cid terá R$ 13,6 bilhões para Educação Superior, R$ 7,8 bilhões para o Ensino Profissionalizante e R$ 2,5 bilhões para a Educação Básica.
Os recursos devem aumentar. Dilma afirmou que a educação começará a receber mais verbas, com recursos oriundos dos royalties do petróleo e recursos do pré-sal.
Um dos programas mais citados pela presidente, o Pronatec foi relembrado mais uma vez por Dilma, que prometeu oferecer R$ 12 milhões de vagas para jovens que buscam o primeiro emprego.
Disse ainda que dará “especial atenção” ao Pronatec Jovem Aprendiz, que permitirá às micro e pequenas empresas contratarem um jovem para atuar em seus estabelecimentos. (com agências de notícias)
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Cid Gomes chegou ao Ministério da Educação a contragosto de setores do PT, que reivindicavam a permanência no controle da pasta.
Desde o primeiro governo Lula, os ministros da educação - uma das bandeiras declaradas do partido -, foram petistas de grande expressão: Cristovam Buarque, Tarso Genro, Fernando Haddad e Aloizio Mercadante.
A exceção foi o antecessor de Cid - José Henrique Paim -, um técnico do ministério que assumiu a titularidade da pasta em 2012, quando Haddad saiu para disputar a Prefeitura de São Paulo.
Uma das vitrines políticas das gestões petistas, a educação como prioridade do segundo governo Dilma foi recebida com ressalvas pela oposição.
Presidente do DEM, Agripino Maia considera a bandeira tardia. “Por que ela não fez antes? A presidente faz uma avaliação como se tivesse assumido agora o governo federal”, criticou.
Para o tucano Alberto Goldman, Dilma deveria ter detalhado o que pretende fazer para melhorar o setor.
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