O presidente do Sindiônibus, Dimas Barreira, disse ao O POVO que o sistema de transporte público está no limite e que as empresas não têm saúde financeira para conviver com “esse arrocho todo”. Para ele, seria necessário 20% de aumento no valor da passagem para que as empresas não percam sua capacidade de investir.
Conforme gráfico do Sindiônibus, de janeiro de 2013 a janeiro de 2016, o crescimento da tarifa de ônibus é de 45,45%, enquanto os custos com diesel aumentaram 48,35% e mão de obra em 48,58% no mesmo período.
“A gente tem um sistema que tem elevado grau de eficiência que consegue trabalhar com a menor tarifa dentre as capitais integradas, mas há limite. Tenho dificuldade de conseguir com que as empresas invistam. De 2012 para cá, duas empresas saíram do mercado. Hoje temos 12. Existe, sendo claro, risco de outras empresas fecharem”, diz.
Questionado sobre quais cortes seriam necessários diante do aumento inferior ao que desejavam, Dimas diz que não há como cortar mão de obra e combustível, que são necessários para manter o sistema operando. “Vai ser em investimento. Vai haver resistência nesse sentido”.
Hoje, a frota de Fortaleza possui 2 mil ônibus e 320 vans. A arrecadação das empresas de ônibus é em torno de R$ 57 milhões e passará a ser, a partir de sábado, em torno de R$ 67 milhões.
As empresas, para operarem, gozam de isenção de ISS e redução de ICMS sobre o diesel de 17% para 8,5%. “Aqui não tem subsídio propriamente dito, em que a Prefeitura aporta parte do orçamento do município para reforçar e evitar maiores aumentos. E no nosso sistema houve redução de movimento no último ano por conta da crise e porque também temos uma tarifa integrada”, explica Dimas. (Beatriz Cavalcante)
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