O envelhecimento da população brasileira deve sobrecarregar a contabilidade de municípios, estados e da União no futuro. Com base num crescimento de 2% ao ano da população, a tendência é que, em 20 anos, o índice demográfico atinja 40%. “Os custos com a saúde evoluem de maneira mais rápida do que outros setores. Temos remédios e insumos hospitalares muitas vezes importados. Como se atenderá esse setor essencial e ter um orçamento congelado por 20 anos tendo um crescimento populacional expressivo?”, indaga Flávio Ataliba, diretor-geral do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
O orçamento para a saúde teria de ser recomposto com recursos de outras pastas. “Tiraria de uma área para financiar esse aumento”.
Para evitar que o quadro se acentue, ele cobra celeridade na política fiscal da União. “O que me preocupa é a falta de sensibilidade para resolver o problema fiscal, considerando que você irá congelar o orçamento. Você terá cada vez menos recursos per capta para investir na população” avalia.
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