Após crescimento de abril a julho, o índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) para o Ceará se manteve estável em agosto, conforme pesquisa mensal divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) ontem.
A oscilação negativa este mês teve valor estimado em 49,3 pontos, 1,2 ponto menos que o valor registrado no mês anterior. O indicador para agosto deste ano está 6,1 pontos acima do que o observado em agosto de 2015. Porém, em relação à média histórica, o valor é 7,7 pontos menor.
Guilherme Muchale, economista da Fiec, explica que a retração de 1,2 ponto deve ser interpretada como uma estabilização, sem confirmação de cenário otimista ou pessimista, visto que o valor é próximo à linha divisória dos 50 pontos. O Icei varia de 0 a 100: acima dos 50 pontos há confiança, e abaixo, há falta de confiança.
Embora o resultado não seja tão animador, o economista destaca que, nos últimos seis meses, é “clara” a tendência do aumento de confiança do industrial no Ceará e no Brasil. “O índice é ainda muito abaixo da média histórica, mas o empresário já recuperou parte de sua confiança, que deve melhorar nos próximos meses”, estima.
A tendência positiva, observa Guilherme, está relacionada a fatores como a política econômica nacional e ações de responsabilidade fiscal.
A queda da confiança se acentuou em empresas de construção e teve impacto leve na Indústria de Transformação.
Produção industrial
Segundo o economista, o nível de confiança também aumenta com a melhoria dos índices da produção industrial. Inclusive, calcula que, após uma redução próxima a 5% da produção nos seis primeiros meses de 2016, o 2º semestre poderá marcar o início da recuperação industrial no Ceará. Principalmente em 2017, ano que poderá ser fechado com resultado positivo.
“Em 2016 isso não vai ser possível porque os números do ano foram muito ruins, com uma queda na produção na ordem de 10%, de dezembro de 2015 a janeiro de 2016”.
O resultado negativo, diz ele, deve perder força neste semestre, com um crescimento tímido de 2% na produção. “Não vai compensar a queda do 1º trimestre, mas já coloca a economia do Ceará em outra atmosfera, com crescimento do otimismo, da produção e com a redução no número de demissões”.
Empregabilidade
Embora o leve incremento na produção industrial possa vir a elevar a confiança do consumidor e do empresário, ainda não há projeções suficientemente positivas quanto ao número de empregados.
O mercado de trabalho, conta o especialista, é a última variável a se recuperar, em decorrência da complexidade da legislação trabalhista. “Existe um custo para demitir, então o empresário só vai contratar quando tiver certeza absoluta que vai conseguir manter seu nível de produção nos próximos meses”.
Modelos de projeção apontam que, em 2018, pode haver mais de 10 mil contratações na indústria cearense.
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