Nos três primeiros meses de 2016, o turismo receptivo doméstico, bem como o fluxo pela demanda internacional para o Ceará sofreram retração de 5,3% e de 1,4%, respectivamente.
Dados preliminares da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-CE) apontam o Ceará como o 5º destino mais procurado pelos brasileiros, respondendo por 5,5% da demanda doméstica nacional.
Ao mesmo tempo, o Ceará respondeu no primeiro trimestre por apenas 1,25% da demanda internacional receptiva para todo o País. O percentual corresponde à entrada de cerca de 25 mil pessoas.
O Estado segue a tendência de retração geral de demanda pelos principais destinos nacionais, que é de 9,13%.
As informações são da pesquisa Barômetro Turístico – Sondagem do Segmento, que será lançada hoje pelo Conselho Empresarial do Turismo e Hospitalidade (Cetur) no Centro de Eventos do Ceará.
O professor Hildemar Brasil, coordenador da pesquisa, ressalta que a baixa procura internacional pelo Estado se deve ao fator histórico deste nunca ter sido considerado uma “porta de entrada” do País. A preferência, segundo ele, ainda é pelas regiões de maior poder aquisitivo: Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Ele crê que o período de crise econômica leva muitas pessoas a pesarem o custo-benefício de suas viagens. “Em cerca de 70% das vezes, a grande movimentação de turismo se dá dentro da própria região. As pessoas preferem viajar para locais próximos por exigir menos tempo e por ser mais barato”, explica.
O professor observa que a retração na demanda turística internacional e doméstica no Estado deve-se muito ao baixo poder de compra do brasileiro e não por falta de potencial competitivo. “Não é que não tenhamos infraestrutura ou somos incompetentes. O cearense é extremamente criativo, inovador, empreendedor, e a crise não o assusta, mas o brasileiro ficou mais pobre”.
Arialdo Pinho, secretário do Turismo do Estado, acredita que a falta de divulgação e de mais voos internacionais são fatores que prejudicam a atratividade turística internacional. “A gente trabalha como porta de entrada para o Nordeste, mas para o País não. Já temos uma infraestrutura em termos de Nordeste razoável, mas é preciso melhorar o serviço em geral”, analisa.
O secretário observa que, além das belezas naturais do Estado, o fluxo internacional pode crescer, aos poucos, a partir da combinação de várias “vertentes”,
“Temos que mostrar nossa gastronomia, trabalhar nas praias, no interior, no Cariri, que tem muita força. É um trabalho conjunto do Governo com a sociedade”.
Presidente do Visit Ceará, Régis Medeiros também acredita que a redução no fluxo de turistas estrangeiros se deve a uma série de fatores, incluindo a falta de promoção do Ceará e de todo o Brasil em países como Portugal, Espanha e Argentina.”Tem que ter marketing, promoção, abertura de voos e distribuidores que chamem as pessoas”.
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