Guálter George, editor-executivo de Conjuntura
O que chama atenção mesmo no primeiro conjunto de medidas econômicas anunciadas por Michel Temer, no exercício da presidência da República, é a absoluta falta de originalidade. Claro que há diferenças, ênfases e prioridades até mudam, mas, no geral, a economia dos tempos atuais parece não mais comportar caminhos alternativos e a única possibilidade entregue aos governantes, ideologia de cada um à parte, é dar sinais que o mercado capte como positivos. Do ponto de vista político, porém, isso cria um nó na cabeça do pobre eleitor que seja diligente e mantenha um mínimo de interesse em saber como se porta o beneficiário do seu voto. No Congresso desta nova configuração criada pela abertura do processo de impeachment, por exemplo, governistas e oposicionistas não demonstram qualquer constrangimento pela vergonhosa troca de papéis em relação ao que faziam, diziam e defendiam até uns dias atrás. Ou seja, confirma-se o desprezo da nossa política ao que é interesse público efetivo, em nome de uma disputa cega e quase desesperada pelo poder.
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