Um, dois, três anos. Não faz muito tempo que modelos de gestão de produção derivados do sistema Toyota são aplicados no Estado. O motivo é porque é necessária mudança de cultura das indústrias.
Abrãao Freires, professor do curso de engenharia de produção da Universidade Federal do Ceará (UFC), explica que indústrias mais tradicionais demoraram um tempo para reunir condições em termos de cultura dos sistema Toyota. “Não é fácil mudar a filosofia de trabalho”, diz.
Um ponto importante da gestão de produção é passar a olhar a indústria não de forma isolada, mas ter a ideia de cadeia produtiva. “Quando a Toyota olha para a fábrica, ela vê toda a cadeia produtiva que vem antes e depois dela. Não adianta a Toyota ser eficiente se a cadeia produtiva em torno dela não”, afirma.
Mas não é somente a Toyota que tem vez no Ceará. Rubens Barros, consultor da Êntrecon Consultoria, trabalha com o método da Teoria das Restrições, que vem de Israel. Segundo ele, a produtividade de quem aplica a metodologia pode aumentar em torno de 20% a 30% em três a seis meses.
“A maioria das organizações tratam os efeitos e não as causas”, diz. O método identifica até três principais restrições que uma empresa venha a ter e promete resolver todos os outros problemas. “Existe um problema raiz que deve ser tratado e que limita a produção. Eu elevo a capacidade da empresa sem investir em máquina e saio do círculo vicioso de cortar custos”. (Beatriz Cavalcante)
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