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O Governo planeja para 2016 o início do processo de redução do custo da energia no País, após o tarifaço que elevou as contas de luz neste ano, em cerca de 50%. A informação foi dada pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, mas especialistas ouvidos pelo O POVO não acreditam em redução do preço da energia no mercado muito menos da tarifa residencial. Pelo contrário, a tendência é de alta.
Na opinião do presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) e consultor em energia, engenheiro Adão Linhares, o preço da energia nunca vai baixar. Explica que além do custo de geração (investimento) tem o custo de produção. “Depois disso, ainda tem o custo dos tributos”, diz considerando que a tarifa brasileira é uma das mais altas do mundo.
Explica que, no Brasil, o custo da energia da porta do gerador até o consumidor aumenta demais. “Esse problema é acrescido pelos encargos e tributos”, completa.
O presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, também não acredita em redução da tarifa. Considera que o aumento médio da energia no Brasil em 2015, em relação à 2014, será da ordem de 50%. Detalhando esse índice diz que 23,3% é oriundo da revisão extraordinária da Tarifa feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); 16,3% é efeito das bandeiras tarifárias. “O mais doloroso é que teremos bandeira vermelha o ano todo”, comenta, ponderando que a bandeira não é um custo novo mas que está sendo repassado logo para o consumidor porque as distribuidoras, nem o governo, têm dinheiro em caixa para adiantar o recurso.
Para Sales, só 54% do preço pode ser atribuído à seca e ao atraso nas linhas de transmissão. Acrescenta que 11% da conta maior vêm de graves erros de gestão. Conta que ao baixar a Medida Provisória 579, que teoricamente reduziria 20% da conta de luz, criou-se um problema bilionário que agora todos os consumidores estão pagando.
“Em 2011 o governo deixou de fazer leilão A-1, deixando as distribuidoras expostas a contratar no mercado de curto prazo, mais caro, e isso foi desastroso”, explica, acrescentando que em 2013 colocou um leilão com preço teto para a compra de energia tão baixo que não teve comprador. “Só na terceira tentativa conseguiu mas foi um erro que deixou a conta gigantesca”, destaca.
O restante do custo, representa 35% e vem do encargo da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). “Quando o Governo anunciou que ia baixar, artificialmente, a conta de luz prometeu que o Tesouro faria aportes para cobrir alguns encargos. Fez um primeiro pagamento e depois deixou de fazer e agora está sendo tudo cobrado”, afirma Sales. A parcela da CDE cobrada em todo o Brasil, em 2014, foi de R$ 1,7 bilhão. Este ano, passou para 18,9 bilhões, o que representa um aumento de 1.013%.
Na semana passada, O POVO procurou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério das Minas e Energia, mas até ontem não havia recebido resposta.
Produção de energia (abrill DE 2015)
PARTICIPAÇÃO EM %
Hidrelétricas 62,46Térmicas 28,08
Eólicas 4,21Pequenas Centrais Hidrelétrica s (PCHs) 3,53
Centrais Gerais Hidrelétricas 0,23
Saiba mais
As hidrelétricas responderam, em 2014, por 73% da eletricidade gerada no País
A termeletricidade respondeu por 26% e as eólicas por 1%
O parque hidrelétrico atualmente instalado no país é composto por mais de 1.110 usinas de vários portes que somam mais de 92.000 MW de potência instalada
A Aneel estima que até 2024 os telhados brasileiros estarão produzindo mais energia do que as usinas nucleares de Angra 1 e 2, juntas
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