Após um ano da compra da usina de cana de açúcar Manoel Costa Filho pelo governo, a unidade fabril permanece desativada. Localizada em Barbalha, a 553 km de Fortaleza, e arrematada por R$ 15 milhões em leilão judicial no ano passado, a unidade industrial deixa de produzir etanol, açúcar e aguardente.
O presidente da União Nordestina de Produtores de Cana de Açúcar (Unida), Alexandre Andrade reclama da falta de diálogo com a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) sobre a usina. “O assunto estava nas mãos da SDA (Secretaria de Desenvolvimento Agrário) e passou para a Adece. Ficamos sem interlocução”, critica.
Segundo ele, a reativação da usina traria alento à zona produtora de cana de açúcar do Cariri, a maior do Ceará. “Teríamos facilmente mil empregos diretos e daria novo ânimo ao setor”. Outro fator gerador de polêmicas é o plantio de bananas no terro do entorno da fábrica. “Essa área poderia ser usada para estocagem de vinhaça, subproduto do etanol utilizado como fertilizante”.
Investimentos
O gerente de Mercado e Projetos de Agronegócio da Adece, Sérgio Baima, explica que existem negociações com investidores nacionais e estrangeiros para a compra da usina Manoel Costa Filho. “Oferecemos a usina para possíveis investidores. Alguns solicitaram estudos técnicos. Estamos abertos para os incentivos”, disse sem especificar o número de empresas interessadas.
Para a revitalização e modernização do equipamento, ele crê que os empreendedores tenham de desembolsar cerca de R$ 45 milhões. Sobre a produção de bananas no entorno do parque fabril, Baima esclarece que a área comprada pelo Governo remete apenas às instalações da usina, não do entorno. “Apenas o terreno da fábrica foi negociado. Dentro dele estão equipamentos, máquinas e construções”, afirma.
A Adece informou que até o mês de julho promoverá uma assembleia pública com o setor canavieiro da região do Cariri para tratar da situação da usina e alternativas.
Defasagem
Reativar a usina Manoel Costa Filho não é a solução ideal para alavancar o setor sucralcoleeiro do Cariri. É o que aponta o engenheiro agrônomo e ex-presidente do Instituto Agropolos, do Ceará, Ricardo Sabadia. Ele afirma que a usina está defasada.“Os equipamentos são velhos e não há geração de energia. É uma sucata”, dispara. Como solução, Sabadia aposta na implantação de microusinas de cana de açúcar na região. “Implantando dez microusinnas, resolveria o problema tranquilamente. Teríamos uma boa posição na produção de cachaça qualificada e álcool”. O etanol, estima, poderia ser vendido para a a Petrobras.
Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016
Jornal de Hoje | Economia