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MANIFESTAÇÕES ANTI-DILMA 15/03/2015

Por que eles vão às ruas

Com ideais e motivações distintos, manifestantes se reúnem neste domingo em protestos contra o Governo petista. Em Fortaleza, manifestação partirá da Praça Portugal às 10h e tenta repetir "caras pintadas"
notícia 4 comentários
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Carlos Mazza carlosmazza@opovo.com.br
FOTOS SARAA MAIA
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São ideais bem distintos que levam, neste domingo, o arquiteto Paulo Angelim, 48, a fisioterapeuta Sabrinne Barreto, 25, o professor de ioga Saulo Ary, 51, e o publicitário Belfran Júnior, 48, às ruas. Com pouca unidade de pensamento, os quatro se unem em torno de único sentimento comum: insatisfação com a gestão Dilma Rousseff (PT). Ao lado de “revoltados” de outras 200 cidades, os cearenses integram o que se pretende maior ato contra a presidente desde sua reeleição.


Em Fortaleza, página do ato traz proposta ambiciosa - repetir os “caras pintadas” de 1992, que pediam saída de Fernando Collor de Melo. Otimistas, organizadores falam em até 40 mil manifestantes. Ataques a Dilma e ao PT à parte, é difícil achar unidade entre os presentes: marcham juntos desde defensores do impeachment até de intervenção militar.


“Temos várias correntes de pensamento. O que nos une é a rejeição à corrupção, às mentiras, aos desvios”, diz Paulo Angelim, um dos organizadores da ação. Até esta sexta-feira, ato já contava com mais de 52 mil presenças “confirmadas”.


Filiado ao PSDB desde o início do ano e eleitor de Aécio Neves na eleição passada, Angelim já organizou eventos em favor do tucano no Ceará. Ele nega, no entanto, que o ato tenha apoio ou interesses partidários. “É completamente apartidário”. Para ele, antes de qualquer coisa é preciso mandar um sinal de “basta” para más práticas no governo.


Intervenção militar

Integrante do grupo “Heróis da Liberdade”, Saulo Ary tem postura mais radical. Filho de pai que foi perseguido pela ditadura e que precisou deixar o Estado, o professor de ioga diz que apenas uma intervenção militar poderia “resgatar a moral” do País. “Não é um golpe. É uma intervenção conforme está na Constituição. Estamos vendo o PT dividir o Brasil e clamamos aos militares que terminem com isso”, diz.

 

O apreço aos militares é rebatido por Belfran Júnior, outro dos organizadores da ação. “Isso seria radical demais. Defendemos só o impeachment conforme a Constituição prevê”, diz. Segundo ele, mesmo a posse do vice-presidente Michel Temer (PMDB) diante de um impeachment de Dilma seria positiva para o País. “Ele assumiria sabendo que o povo está alerta. Teria cuidado”.


Moradora da Praia de Iracema, Sabrinne Barreto diz não acreditar em impeachment ou ação militar. Para ela, o domingo será de protesto contra as últimas medidas econômicas do governo. “Agora subiu tudo: gás, energia e gasolina, que foi o que mais me atingiu”, diz ela, que votou em Marina Silva (PSB) no 1º turno. “Não pode ser assim, eles deixam a corrupção correr solta, e aí jogam a conta para o povo pagar”.

 

SAIBA MAIS

 

Organizadores e participantes do evento deste domingo também contestam pechas de “golpistas” e “elitistas” frequentemente atribuídas às manifestações contrárias ao governo Dilma Rousseff (PT).

“Isso é uma manobra sórdida, desqualificada do PT para rebaixar seus opositores”, diz Paulo Angelim. Ele destaca que, durante organização do ato, foram várias as manifestações de pessoas de bairros mais periféricos da cidade.Já Sabrinne, que atende pacientes de diversas classes, disse que descontentamento com o governo é forte em todas as camadas sociais.

Defensor do do impeachment da presidente recém-reeleita, Belfran Júnior diz que a pecha de “golpista” também seria estratégia do governo para desqualificar opositores. “O impeachment está previsto na Constituição. Se há fundamentos legais e irregularidades, ele pode ocorrer. Intervenção militar ocorreria só em caso em que se quebrasse a ordem”, diz.

Mesmo com as diferenças, grupos não enxergam problemas na presença de defensores de outros métodos. ”Somos plurais”, dizem. 

 

40 mil é o número de pessoas esperadas por organizadores do ato em Fortaleza

 

SAIBA MAIS


1. Durante a manifestação, será mantido um “varal” com venda de camisetas, bandeiras e adesivos com mensagens pró-impeachment de Dilma Rousseff. Em média, cada peça sai pelo preço de R$ 10. Segundo Belfran Júnior, o montante cobrado é apenas “valor de custo”, para cobrir despesas. “Ninguém está lucrando com isso”. Segundo ele, já foram mais de 1,5 mil camisetas vendidas, com média de duzentas peças comercializadas por dia.

 

2. A ação também será acompanhada por carros de som, com direito a intervenções dos manifestantes e reprodução de músicas diversas. Segundo a organização, a concentração começa a partir das 8h, sendo aberto espaço para as falas do público a partir das 10h. Apesar disso, eles garantem que não estarão presentes no evento políticos.

 

3. Segundo Belfran Júnior, serão numerosos os coros do hino nacional brasileiro durante todo o evento. Também são ensaiados “gritos de guerra” contra o governo federal e pedindo impeachment da presidente. Ele afirma ainda que deverão ser “puxadas” intervenções em favor da Polícia Militar, que acompanhará o ato. “Nós vamos bater palmas para eles. Aqui não vai ter confusão nenhuma”, afirma.

> TAGS: protesto
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espaço do leitor
Francis Gomes Vale 16/03/2015 06:29
Esses caras que se autoproclamam "heróis" lutam com muita verba. São kits e mais kits anti-Dilma. Será que são financiados pelo PMDB para colocar o Temer no lugar? Eu não acredito que a verba vem daí. Parece que vem de mais longe...
Lauro Jr 15/03/2015 16:20
Positivo a aceitação e presença do fortalezense às ruas. O governo e os políticos devem acordar pra esse novo momento da sociedade, e é bom estar acontecendo agora porque as eleições para prefeito e vereador estão em cima, e eleitor consciente faz menos besteira.
Antonio Sampaio 15/03/2015 11:57
40 mil pessoas é muito pouco. não dá nem pra eleger um deputado. Vocês Vão estudar e trabalhar mais que é melhor. E na próxima campanha arrajem um candidato melhor que aí a gente ganham.
Claudio Melo 15/03/2015 09:22
Vejo como positivo assoes como essa, tanto do ponto de vista revolucionário como democrático.Só não concordo com intervenção militar, isso seria um retroceço para nosso pais.
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