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São ideais bem distintos que levam, neste domingo, o arquiteto Paulo Angelim, 48, a fisioterapeuta Sabrinne Barreto, 25, o professor de ioga Saulo Ary, 51, e o publicitário Belfran Júnior, 48, às ruas. Com pouca unidade de pensamento, os quatro se unem em torno de único sentimento comum: insatisfação com a gestão Dilma Rousseff (PT). Ao lado de “revoltados” de outras 200 cidades, os cearenses integram o que se pretende maior ato contra a presidente desde sua reeleição.
Em Fortaleza, página do ato traz proposta ambiciosa - repetir os “caras pintadas” de 1992, que pediam saída de Fernando Collor de Melo. Otimistas, organizadores falam em até 40 mil manifestantes. Ataques a Dilma e ao PT à parte, é difícil achar unidade entre os presentes: marcham juntos desde defensores do impeachment até de intervenção militar.
“Temos várias correntes de pensamento. O que nos une é a rejeição à corrupção, às mentiras, aos desvios”, diz Paulo Angelim, um dos organizadores da ação. Até esta sexta-feira, ato já contava com mais de 52 mil presenças “confirmadas”.
Filiado ao PSDB desde o início do ano e eleitor de Aécio Neves na eleição passada, Angelim já organizou eventos em favor do tucano no Ceará. Ele nega, no entanto, que o ato tenha apoio ou interesses partidários. “É completamente apartidário”. Para ele, antes de qualquer coisa é preciso mandar um sinal de “basta” para más práticas no governo.
Intervenção militar
O apreço aos militares é rebatido por Belfran Júnior, outro dos organizadores da ação. “Isso seria radical demais. Defendemos só o impeachment conforme a Constituição prevê”, diz. Segundo ele, mesmo a posse do vice-presidente Michel Temer (PMDB) diante de um impeachment de Dilma seria positiva para o País. “Ele assumiria sabendo que o povo está alerta. Teria cuidado”.
Moradora da Praia de Iracema, Sabrinne Barreto diz não acreditar em impeachment ou ação militar. Para ela, o domingo será de protesto contra as últimas medidas econômicas do governo. “Agora subiu tudo: gás, energia e gasolina, que foi o que mais me atingiu”, diz ela, que votou em Marina Silva (PSB) no 1º turno. “Não pode ser assim, eles deixam a corrupção correr solta, e aí jogam a conta para o povo pagar”.
SAIBA MAIS
Organizadores e participantes do evento deste domingo também contestam pechas de “golpistas” e “elitistas” frequentemente atribuídas às manifestações contrárias ao governo Dilma Rousseff (PT).
“Isso é uma manobra sórdida, desqualificada do PT para rebaixar seus opositores”, diz Paulo Angelim. Ele destaca que, durante organização do ato, foram várias as manifestações de pessoas de bairros mais periféricos da cidade.Já Sabrinne, que atende pacientes de diversas classes, disse que descontentamento com o governo é forte em todas as camadas sociais.
Defensor do do impeachment da presidente recém-reeleita, Belfran Júnior diz que a pecha de “golpista” também seria estratégia do governo para desqualificar opositores. “O impeachment está previsto na Constituição. Se há fundamentos legais e irregularidades, ele pode ocorrer. Intervenção militar ocorreria só em caso em que se quebrasse a ordem”, diz.
Mesmo com as diferenças, grupos não enxergam problemas na presença de defensores de outros métodos. ”Somos plurais”, dizem.
40 mil é o número de pessoas esperadas por organizadores do ato em Fortaleza
SAIBA MAIS
1. Durante a manifestação, será mantido um “varal” com venda de camisetas, bandeiras e adesivos com mensagens pró-impeachment de Dilma Rousseff. Em média, cada peça sai pelo preço de R$ 10. Segundo Belfran Júnior, o montante cobrado é apenas “valor de custo”, para cobrir despesas. “Ninguém está lucrando com isso”. Segundo ele, já foram mais de 1,5 mil camisetas vendidas, com média de duzentas peças comercializadas por dia.
2. A ação também será acompanhada por carros de som, com direito a intervenções dos manifestantes e reprodução de músicas diversas. Segundo a organização, a concentração começa a partir das 8h, sendo aberto espaço para as falas do público a partir das 10h. Apesar disso, eles garantem que não estarão presentes no evento políticos.
3. Segundo Belfran Júnior, serão numerosos os coros do hino nacional brasileiro durante todo o evento. Também são ensaiados “gritos de guerra” contra o governo federal e pedindo impeachment da presidente. Ele afirma ainda que deverão ser “puxadas” intervenções em favor da Polícia Militar, que acompanhará o ato. “Nós vamos bater palmas para eles. Aqui não vai ter confusão nenhuma”, afirma.
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