No primeiro desfile cívico-militar após o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e posse do presidente Michel Temer (PMDB), em pleno feriado do Dia da Independência, milhares de fortalezenses estiveram na avenida Beira Mar, para acompanhar de perto a marcha tradicional.
O POVO mostra hoje quem são essas pessoas que costumam acordar cedinho, se vestem em tons de verde, amarelo, azul e branco, e se apinham sob o sol nas calçadas e sacadas de hotéis e condomínios para aplaudir de pé os pelotões que passam pela via, em revezamento, numa demonstração de patriotismo incondicional.
O evento reuniu cerca de 4.500 profissionais das Forças Armadas e órgãos de Segurança Pública, além de estudantes de escolas públicas, particulares e representantes de associações sociais, que marcharam pela avenida enchendo de admiração os olhos daqueles que se dizem descrentes com a política nacional.
VALORES CÍVICOS
A família de Silvia Malta, 37, acordou cedo para acompanhar de perto o desfile de 7 de Setembro. Ela foi à festa com o marido Duilio Costa, 41, e os filhos Emanoela Alves, 6, e Abraão Malta, 1. A motivação maior, além da beleza do evento, era dar demonstrações aos filhos de resgate dos “valores cívicos”, apesar da crescente “descrença na política”. “Diante dos maus exemplos que temos visto, queremos que eles cresçam com esse sentimento patriótico”, disse Silvia.
MULTIDÃO SOB O SOL
Para assistir ao desfile, a multidão se aglomerava nos alambrados. Muitos posicionavam câmeras e smartphones na tentativa de garantir fotos e vídeos dos melhores momentos da festa. Sob sol forte, alguns dos presentes se abrigavam sob guarda-sóis e chapéus.Algumas das crianças conseguiram se posicionar à frente da barreira de proteção e assistiram mais de perto aos militares.
DOAÇÃO E LUTA POR PAZ
Antônio Roberto Paiva, 60, mais conhecido como Araquém do Frevo, comemorava o aniversário em pleno calçadão. O sexagenário enaltecia a importância da data em que a pátria comemorava 194 anos de independência. “Pelo amor cívico, sempre venho acompanhar o desfile nos meus aniversários. Não vim nos últimos dois anos por problemas de saúde. Mas essa data exige de nós uma doação. Devemos sempre comemorá-la e lutar por paz”, defendeu.
À ESPERA DA IRMÃ
Pouco tímido, o pequeno Israel da Silva Oliveira, 8, desceu da arquibancada e ficou sobre o canteiro aguardando o momento em que a irmã desfilaria. “Achei mais bonitos o desfile da escola dela e dos Bombeiros”, disse, enquanto brincava com um catavento nas cores da bandeira. Próximo dali, a família dele assistiu ao desfile das arquibancadas. Mais adiante, um pelotão de escoteiros mirins desfilava aos gritos de “1, 2, 3, 4, ser ‘lobinho’ é um barato! 4, 3, 2, 1, mas não é pra qualquer um!”
Frases
POR AMOR CÍVICO, SEMPRE VENHO ACOMPANHAR O DESFILE NOS MEUS ANIVERSÁRIOS”
Antônio Roberto Paiva, 60
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