Aprovados em concurso para vagas de efetivos, 84 professores aguardam nomeação do Governo do Estado para assumirem os cargos na Universidade Estadual do Ceará (Uece). O resultado foi conhecido no fim de 2015. O governador Camilo Santana (PT) teria marcado a convocação para os meses seguintes, mas, segundo professores, remarcou a data algumas vezes sem explicações.
A última data prevista para a chamada dos aprovados foi no dia 15 de abril, mas foi cancelada “por motivo de viagem do governador a Brasília/DF”, conforme nota publicada no site da universidade no dia anterior à convocação. A nomeação é uma das reivindicações da categoria, que declarou greve no dia 3 de maio — somando mais de quatro meses de paralisação.
Professores que passaram no concurso deixaram, inclusive, antigos empregos na crença de serem admitidos nos primeiros meses do ano. Foi o caso do professor de educação física José Airton de Freitas, 28. Assim que soube da possível nomeação para janeiro, ele largou o trabalho na Faculdade Católica Rainha do Sertão, em Quixadá. O docente ainda está desempregado. Desde maio, o sustento vem de uma bolsa de pós-doutorado na Universidade Federal do Acre (Ufac).
“Aqui e acolá aparecem umas consultorias na área de educação física, mas são coisas bem pontuais. Ainda tenho isso, mas há professores em situações bem piores”.
De acordo com o reitor da Uece, professor Jackson Sampaio, a chamada dos professores só deve ocorrer após o fim da greve. Segundo o reitor, seria ilegal a nomeação dos docentes com a instituição paralisada. “A gente espera que os professores compreendam e que analisem o término (da greve)”, disse.
Encontro
Na última semana, houve reunião entre representantes das universidades Estadual Vale do Acaraú (UVA), Regional do Cariri (Urca) e Uece, além de membros dos sindicatos de docentes das três instituições e, por telefone, da vice-governadora Izolda Cela. Segundo Sampaio, foi decidido, neste encontro, um conjunto de “grande ações” que “demonstrariam boa vontade do Governo de resolver o impasse”. Entre as medidas estaria a instalação de um grupo de trabalho para analisar distorções entre o salário-base dos professores efetivos e substitutos.
O reajuste salarial na proporção de 12,67%, pauta cobrada pelos professores, é “impossível neste momento”, conforme o reitor. Assim como a contratação dos docentes aprovados no concurso de 2015 — que interfere no início do semestre letivo 2016.2.
Para Célio Coutinho, presidente do Sindicato dos Docentes da Uece (Sindiuece), a situação é preocupante. “Se continuar assim, a tendência é de que o segundo semestre deste ano só comece em 2017”, calcula. Sobre o reajuste, Célio informou que a categoria já flexibilizou a porcentagem para 10,67%. A próxima reunião entre Governo e sindicato está marcada para hoje.
Saiba mais
A UVA está de greve desde o dia 16 de maio. Mais de 1,5 mil alunos não colaram grau devido à paralisação.
Autorização do Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários (Mapp) para obras nos campi da Uece em Itapipoca e Crateús, é medida sinalizada pelo Governo em última reunião.
Frase
“A TENDÊNCIA É DE QUE O SEGUNDO SEMESTRE DESTE ANO SÓ COMECE EM 2017”
Célio Coutinho, presidente do Sindicato dos Docentes da Uece (Sindiuece)
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