O Ceará é o 5º estado que mais desacelerou o crescimento populacional no País nos últimos dez anos. Em 2006, o Estado tinha 8.217.085 habitantes; hoje, a estimativa é que a população seja de 8.963.663 habitantes, segundo estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento de 9,09% nos últimos dez anos é apenas metade do observado nos nove anos anteriores (1997-2006), quando a população do Estado
cresceu 18,74%.
A estimativa aponta ainda que o Ceará segue como 8º Estado mais populoso do Brasil e 3º do Nordeste (Bahia e Pernambuco lideram). O estudo mostra que, em 2016, o País atinge 206.081.432 de habitantes.
Já Fortaleza ultrapassou a barreira dos 2,5 milhões de habitantes, chegando à marca de 2.609.716 de moradores. A desaceleração do crescimento populacional em Fortaleza foi ainda mais acentuada na última década. No período 1997-2006, Fortaleza cresceu quase 20%, indo de 2.014.600 habitantes para 2.416.920. Nos últimos dez anos, o crescimento foi de apenas 7,98%, o que representa 60% de desaceleração. Essas desacelerações demográficas no Estado e na Capital foram maiores que as médias nacionais na última década.
Muitas hipóteses podem explicar essa desaceleração populacional acentuada no Ceará. Conforme Renato Pequeno, professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenado do Laboratório de Estudos da Habitação (Lehab), a redução pode estar ligada a um “redesenho da configuração das famílias”, com casais com filhos únicos ou sem filhos, uniões homoafetivas, casamentos em idades mais tardias e aumento do número de pessoas solteiras.
O pesquisador cita também a inserção cada vez maior da mulher no mercado de trabalho, o que contribui para a diminuição do número de filhos nas famílias. “Além disso, uma hipótese que também pode ser considerada é que o Ceará, historicamente, tem um perfil de evasão de população, de migração para outros estados”, comenta.
Para Fortaleza, Pequeno aponta que as dificuldades financeiras nas manutenções dos lares podem interferir na desaceleração de crescimento. Ele ainda levanta a questão do envelhecimento populacional. “Junto à desaceleração, vem um aumento da longevidade, e é preciso questionar até que ponto as nossas políticas públicas estão preparadas para atender a essa população mais idosa”, lembra.
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