Caso Yrna 28/06/2016

Laudo da Pefoce aponta que estudante Yrna de Sousa morreu por overdose

Yrna de Sousa, 27, morreu de intoxicação causada por morfina. Laudo aponta uso simultâneo de droga e álcool, presentes no sangue da estilista. Defesa quer exumação do corpo
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Jéssika Sisnando jessikasisnando@opovo.com.br
REPRODUÇÃO FACEBOOK
Yrna de Sousa Castro Lemos morreu no último dia 1º de maio

O laudo cadavérico da Perícia Forense do Ceará que determina a causa da morte da estilista e estudante de administração Yrna de Sousa Castro Lemos, 27 anos, constatou que ela morreu por overdose de morfina. Segundo o laudo, o uso simultâneo de álcool e da droga injetável é fator prejudicial que pode resultar em óbito.

O POVO teve acesso às informações do laudo na tarde de ontem. O namorado de Yrna, o jornalista e empresário Gregório Donizeti Freire Neto, 27, é indiciado pela ocultação de cadáver da estilista, que morreu no último dia 1º de maio. O corpo da jovem foi encontrado no porta-malas do carro de Gregório.


A causa da morte é descrita no laudo como intoxicação exógena aguda por opiáceo (morfina). É citada a presença de 12,8 decigramas de etanol por litro de sangue e de 0,240 miligramas de morfina por litro de sangue. O laudo faz um estudo sobre a interação entre a morfina e o álcool, o que aumentaria a letalidade da morfina em níveis. “Enquanto depressor do sistema nervoso central, a morfina potencializa o efeito de outros depressores, aumentando o risco de overdose. O consumo concomitante (simultâneo) de álcool aumenta muito o risco de overdose e morte”, descreve o documento.


Advogado de Gregório, Leandro Vasques não quis comentar o laudo, afirmando que o caso tramita em segredo de Justiça. Ele diz que protocolou no Judiciário, ontem, documento argumentando a importância da exumação do corpo de Yrna. Segundo Vasques, a coleta do material do bulbo capilar da jovem informaria se ela fez uso de morfina em situações anteriores ao dia da morte. Ele afirma que Gregório já forneceu material para este mesmo exame, a ser realizado na Califórnia (Estados Unidos).


Já o advogado contratado pela família de Yrna, Cândido Albuquerque, relata que fez pedido, também ontem, para que Gregório seja interrogado e indiciado por homicídio doloso. Cândido afirma que o jornalista administrava a droga injetável e que aplicou morfina na namorada até a morte. Para o advogado, não há necessidade de exumação.

 

Linha do tempo


1º/5/2016. Yrna é encontrada no porta-malas do carro do namorado, depois que ele foi até a DHPP acompanhado de dois advogados. A versão de Gregório é a de que a namorada morreu após fazer uso de morfina junto com ele


3/5/2016. Familiares de Yrna levantam questionamentos sobre marcas encontradas no corpo da estilista


5/5/2016. Carro do suspeito é retirado da garagem para nova perícia e as chaves são apreendidas


6/5/2016. Gregório é internado em uma clínica para dependentes químicos


7/5/2016. O pai do jornalista divulga nota de pesar


13/5/2016. Família questiona o interesse da Polícia na exumação do corpo de Yrna


14/5/2016. Testemunha é ouvida na DHPP e relata que o jornalista ministrava e aplicava morfina em terceiros


17/5/2016. A diretora da Divisão de Homicídios, delegada Socorro Portela, decreta segredo de Justiça no inquérito policial


18/5/2016. Família de Yrna solicita que o Ministério Público acompanhe investigação sobre o caso


19/5/2016. Ex-companheira de Gregório publica defesa ao jornalista nas redes sociais e diz que ele não era violento


19/8/2016. Advogado da família de Yrna diz que a jovem teve a imagem desqualificada ao ser apontada como usuária de drogas


3/6/2016. Laudo do local de crime informa não ser possível definir se a morte de Yrna aconteceu por homicídio, acidente ou suicídio. O laudo de DNA mostrou que o sangue nas seringas encontradas eram de Yrna e de Gregório


22/6/2016. Gregório fornece material para exame de DNA a ser feito na Califórnia. Também seria necessária a exumação do corpo de Yrna


27/6/2016. A Polícia Civil divulga, por meio de nota, que a delegada Socorro Portela enviou o inquérito ao poder judiciário e pediu mais 45 dias para concluir as investigações

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