Após um dos fins de semana mais violentos do ano, na manhã de ontem, fachadas de unidades prisionais descortinavam marcas dos conflitos ocorridos dentro. No Complexo Penitenciário de Itaitinga, a 27 km de Fortaleza, estilhaços de vidro das janelas da guarita espalhavam-se sobre o chão pisado por dezenas de mulheres que se intitulavam “guerreiras” e reclamavam não saber, até então, se os seus haviam morrido nas rebeliões.
Na Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) Desembargador Francisco Adalberto Barros Leal, conhecida como Carrapicho, em Caucaia, cenário semelhante. Atirada sobre a calçada, a grade da área de espera dos visitantes guardava um tronco queimado de árvore. Na rua de acesso ao local, restos de pneus queimados indicavam que a via fora fechada — represália dos familiares, no sábado, 21, à suspensão das visitas.
Enquanto não recebiam notícias, o desespero era evidente entre mães, companheiras e parentes que tomaram a frente do Complexo Penitenciário de Itaitinga, na manhã de ontem. De vez em quando, algumas se afastavam do grupo e engrenavam conversas preocupadas e apaixonadas pelo celular com os homens que, dentro das unidades prisionais, narravam o que viviam ali. Foi assim que elas souberam, por exemplo, que eles estavam brigando por pão. A Sejus, entretanto, afirma que não houve interrupção no fornecimento de água ou comida. (Igor Cavalcante e Luana Severo)
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