[an error occurred while processing this directive] Trágicos destinos das soldadas do tráfico | O POVO
Mulheres e violência 25/01/2016

Trágicos destinos das soldadas do tráfico

A história de três mulheres que entraram pelo tráfico influenciadas pelos companheiros e incutiram medo nas comunidades em que atuavam. Uma foi presa. As outras, assassinadas
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CAMILA DE ALMEIDA
Como tentativa de combater reincidência, detentas trabalham como bordadeiras ou costureiras

As vidas de Valkiria, Célia e Gabi têm em comum a influência dos companheiros para que entrassem no mundo do crime e o temor que causavam nos bairros onde atuavam. O desfecho também as aproxima: nenhuma delas se deu bem. Gabi é a única que está viva e é hoje detenta no Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa. Já Célia e Valkiria foram assassinadas, uma na semana passada, outra no mês passado.

 

Valkiria de Araújo Alves, 29, era moradora do distrito de Jurema, em Caucaia, na Região Metropolitana. Completou ensino médio. E, segundo o sistema de informações policiais, teve passagens por homicídio, lesão corporal e uso de documento falso.


O policial militar do serviço reservado que levantou informações sobre ela ao longo de três anos de que foi introduzida no tráfico pelo namorado, atualmente preso. Depois, juntou os irmãos e organizou uma estrutura de tráfico. “Ela ganhou fama de matar os inimigos pessoalmente, com uma arma em cada mão”, relatou o policial, cuja identidade é preservada pela natureza da atividade que exerce.


Segundo o policial, motivada por ciúmes, ela teria matado inclusive três ex-namorados. Por isso, ficou conhecida como “viúva negra”.


Valkiria entrou na lista dos mais procurados do Ceará, foi presa em setembro de 2014 e libertada a seguir. A fama atraiu atenção de outros traficantes da área, que terminaram por executá-la no último dia 2 de dezembro, ao se dirigir à casa do novo namorado.


Oitão Preto

Gabriela de Souza Bonfim, 29, a Gabi, e Maria Célia Gonçalves da Silva, 55, a Célia do Oitão Preto, comercializavam entorpecentes da comunidade do Oitão Preto e do bairro Moura Brasil, perto do Centro de Fortaleza. Gabi comandava o ponto de drogas com o companheiro, segundo o coronel Francisco Souto, do Comando de Policiamento da Capital.

 

“Elas normalmente são obrigadas a entrar no presídio com drogas colocadas nas partes intimas. Quando os traficantes são presos, sempre fica algum parente ou criança para ser sustentado e elas iniciam a vida criminosa. Mas acabam no presídio ou mortas”, relatou.


Gabi foi presa em junho de 2015 em operação da Polícia Civil. Houve mais dez detidos, inclusive uma irmã e uma tia de Gabi.


Segundo a Polícia, Célia participava do mesmo grupo. Conforme o tenente-coronel Teófilo, dívidas a levaram a se mudar para a Jacareganga. Na última terça-feira, foi executada tiros no Centro.

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