[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive]
Na rotina dos consultórios e farmácias públicas há histórias de insegurança. Profissionais da atenção básica relataram ao O POVO sofrer coação verbal quando se recusam a atender demandas excêntricas. A maioria das queixas se refere a pessoas que procuram o serviço público para retirar quantidades volumosas de remédios. O destino é desconhecido. Alguns apontam a venda ilegal, outros acreditam no uso indiscriminado e viciante. Na outra ponta, médicos dizem sofrer ameaças para dar prescrições.
Em um dos postos da Regional I, há uma lista de nomes dos (supostos) pacientes que retiram medicamentos recorrentemente. Um dos responsáveis pelo atendimento explica que as buscas são consecutivas – geralmente de antibióticos e com prescrições volumosas. Em alguns casos, afirma, são resgatados 80 comprimidos de uma vez. “A pessoa vem com a receita. Ficamos de mãos atadas”, diz.
Um dos pontos mais intrigantes é como estas receitas estariam sendo prescritas. Um médico – que atua na atenção básica – conta que a intimidação para fornecimento de prescrições é recorrente. Em uma das ocasiões, quando um paciente teve a solicitação negada, chegou a escutar que “a pessoa leva um tiro e não sabe o porquê”. Os relatos de amigos médicos sendo ameaçados, conta, são habituais.
Em um posto de saúde da Regional II, a rachadura provocada por um soco ainda estava no vidro que separa o atendente da farmácia dos pacientes. O incidente aconteceu há três meses. Indignada por não ter conseguido um antibiótico, uma mulher bateu no vidro. Para a atendente, o sistema online que controla a distribuição ajudou a restringir a difusão irregular.
O sistema, implantado pela Prefeitura, permite que o atendente veja o histórico de buscas do paciente. Assim, no caso de retiradas volumosas em sequência, é possível negar. A atendente de um posto, também na Regional II, explica que para dizer ‘não’ é necessário coragem, pois parte dos usuários torna-se agressiva quando não consegue o almejado.
Por meio da assessoria, a Secretaria Municipal da Saúde informou que os postos dispõem de câmeras 24 horas, alarmes e profissionais responsáveis pela segurança de colaboradores e usuários. O POVO opta por não divulgar o nome dos profissionais a pedido deles e por motivo de segurança.
Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016
Jornal de Hoje | Página Cotidiano