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Se algumas pessoas aproveitam as lagoas para praticar atividades ou contemplar a beleza natural, outras as utilizam para abastecimento próprio de água. A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) estima que o açude Castanhão seja capaz de garantir o fornecimento para a Região Metropolitana de Fortaleza. Apesar disso, o risco de que essas lagoas esgotem preocupa quem se beneficia delas.
Por estarem situadas em área litorânea do Estado, a Cogerh explica que a ocorrência de chuvas nas lagoas da RMF é maior, mesmo com a recente previsão da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) apontando precipitações abaixo da média neste ano. Dessa forma, “as lagoas possuem um grande potencial de armazenamento de água”, informa a Cogerh.
Com a falta de chuvas, algumas lagoas da região já estão com níveis muito baixos, como é o caso da Lagoa do Catu, em Aquiraz. Segundo a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), ela abastece residências do Aquiraz e do distrito de Tapera com água que provém do açude Catu Cinzento, atualmente com 7,6% da sua capacidade total.
Ainda de acordo com a Cagece, o açude, entretanto, deixou de alimentar a Lagoa do Catu “devido ao baixo nível que apresenta”. Contatada pelo O POVO há duas semanas, a Cagece informou que, até a semana passada, “em esforço conjunto” com a Cogerh, a Prefeitura de Aquiraz e a (empresa) Aquiraz Riviera, começaria a bombear a água do Catu Cinzento, como forma de voltar a verter água para a Lagoa do Catu e, assim, prolongar o abastecimento.
Por meio de nota, a Cagece disse ontem que ainda não havia dado início à operação devido à “falta de todo o material necessário”. “A Companhia está aguardando a chegada de um dos equipamentos que devem ser utilizados no serviço, que tem previsão para ser realizado ainda durante o período do Carnaval”, registra a nota. O órgão garante ainda que o abastecimento de Aquiraz e de Tapera está normalizado por causa do rebaixamento do manancial no ponto de captação.
Sem monitoramento
Embora as lagoas da RMF tenham seus volumes diminuídos progressivamente, a Cogerh ainda não tem análise atual específica sobre nível e condição da água em cada uma delas. “Para o monitoramento dos mananciais, existe a necessidade de serem feitos estudos hidrológicos e ambientais para se conhecer o real potencial em quantidade e qualidade principalmente para água subterrânea da RMF, que ainda é pouco utilizado”., explica o órgão.À espera de chuvas
O ambientalista e professor universitário Jeovah Meireles assegura que a recarga de lagoas na RMF necessita de chuvas que escoem e se infiltrem no solo, alimentando o lençol freático. Construções próximas às lagoas, diz o pesquisador, acabam contribuindo para a impermeabilização do solo, algo que dificulta ainda mais a sobrevivência das lagoas.
“É tanto consequência da natureza como consequência dessa utilização do espaço. E a RMF tem uma condição ideal para esses sistemas porque tem uma grande área plana”, analisa. “(Lagoas em) Aquiraz, Beberibe e Sabiaguaba estão praticamente secas e estão em áreas que estão crescendo, onde a impermeabilização está se acentuando. As dunas estão sendo ocupadas e essas dunas são as grandes esponjas que absorvem a água para levar diretamente para o lençol freático”, afirma o ambientalista.
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