O Zika vírus tem gerado dúvidas na população. Por se tratar de uma doença ainda com pouco conhecimento científico consolidado, a imprecisão de informações que circulam por meio da internet acabou gerando uma série de boatos. Para esclarecer a população sobre o que é verdadeiro ou falso, o Ministério intensificou as ações informativas nas redes sociais.
De acordo com o Ministério da Saúde, casos de microcefalia não estão relacionados ao uso de vacinas vencidas. "O Programa Nacional de Imuização (PNI) é responsável pelo repasse (das vacinas), aos estados, dos imunobiológicos que fazem parte dos calendários de vacinação. Uma das ferramentas essenciais para o sucesso dos programas de imunização é a avaliação da qualidade dos imunobiológicos", informou o órgão.
"As vacinas utilizadas no Brasil são extremamente seguras, passam por um controle de qualidade rigoroso", afirmou o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Claudio Maierovitch. "Contra o Zika vírus, a melhor proteção, é contra o mosquito (Aedes aegypti)", lembrou.
Outro mito é a relação entre a incidência do Zika vírus com os mosquitos portadores da bactéria Wolbachia, encontrada no meio ambiente. Segundo a nota, a bactéria, quando presente no Aedes aegypti, é capaz de impedir a transmissão da dengue pelo mosquito.
Guillain-Barré
Já a relação entre o Zika e a Guillain-Barré foi confirmada. A Síndrome é uma reação rara a agentes infecciosos, como vírus e bactérias, e tem como sintomas a fraqueza muscular e a paralisia dos músculos. Vários vírus, assim como o Zika, podem provocar a síndrome de Guillain-barré.
"Em alguns casos, muito raros, depois de uma ou duas semanas, a pessoa que teve a infecção pode ter o problema neurológico. Começa com um formigamento e uma fraqueza das pernas que vai subindo. Pode até ser grave, pode dar paralisia dos músculos respiratórios. Por isso é importante procurar atendimento", explicou Claudio Maierovitch.
Parâmetro de identificação
Boatos davam conta de que o Ministério da Saúde modificou o parâmetro para identificar a microcefalia para esconder o número de casos, mas o Ministério já esclareceu que a infomação é falsa.
Segundo informações da Agência Saúde, a mudança para o parâmetro do perímetro cefálico igual ou menor de 32 centímetros é recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A Sociedade Brasileira de Genética Médica apoia a nova medida. O padrão adotado inicialmente, de 33 cm, é "totalmente normal para crianças que nascem após 37 semanas gestacionais".
A Agência informou ainda que, a partir da primeira triagem dos casos suspeitos, muitos dos diagnósticos realizados precocemente e preventivamente já foram descartados.
Assista ao vídeo em que o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Claudio Maierovitch, comenta o parâmetro.
Redação O POVO Online