Quatorze adolescentes fugiram, por meio de um buraco, do Centro Educacional Patativa do Assaré, no bairro Ancuri, durante rebelião na tarde desta segunda-feira, 15. Até o início da noite, três deles foram recapturados, segundo a Superintendência Estadual de Atendimento Socioeducativo. Com essa ação, sobe para 430 o número de jovens fugitivos do sistema socioeducacional em 2016, na capital cearense. O balanço é do juiz da 5ª Vara da Infância e Juventude de Fortaleza, Manuel Clístenes.
A fuga foi registrada por volta das 13 horas, depois que os adolescentes passaram o dia evitando os agentes socioeducativos, inclusive recusando o almoço. "Desde ontem havia uma movimentação estranha por parte dos adolescentes, que estavam rechaçando a presença dos agentes mais do que o normal. Não aceitaram o almoço, foi preciso a intervenção do diretor e da tropa de Choque. Quando eles iniciaram a rebelião, alegaram que era por causa da falta do almoço, uma situação que eles próprios causaram", relatou Clístenes.
Os adolescentes queimaram colchões, quebraram objetos, serraram grades e conseguiram abrir um buraco na muralha. O POVO Online apurou que alguns adolescentes, agentes socioieducadores e policiais tiveram ferimentos. Três jovens foram levados para responderem Ato Infracional por dano ao patrimônio público, ainda de acordo com Clístenes. Na semana, torneiras já haviam sido quebradas e alguns adolescentes ficaram sem banho.
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Ainda assim, Clístenes afirma que o número de fugitivos é superior à soma dos dois últimos anos, quando foram contabilizados 200 e 150 adolescentes foragidos, em 2015 e 2014, respectivamente. Em 2016, além dos 430 foragidos em Fortaleza, também houve uma fuga de 55 adolescentes em Sobral.
A Superintendência Estadual de Atendimento Socioeducativo, criada em junho para conter a crise no sistema socioeducativo, não repassou maiores informações sobre a fuga, além do número de recapturados.
Para Clístenes, a falta de atividades educativas contribui para as rebeliões e conflitos dentro das unidades. "Não há mais superlotação, o Patativa está apenas um pouco acima da capacidade máxima, considerando que antes tinha até quatro vezes mais adolescentes. Mas, as atividades estão suspensas em todas as unidades. Isso aumenta o estresse, eles passam o dia presos sem fazer nada", aponta.
O juiz destaca ainda o "círculo vicioso" de destruição e reforma dos centros socioeducativos no Ceará. "O patativa está em reforma. Queimaram equipamentos colocados recentemente. Então, cada vez que o Estado começa a se aproximar [da manutenção], os adolescentes destroem o que foi reformado", completa.
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