O POVO


fogo

Antena telefônica é a quarta torre atacada na última semana

16/04/2016 | 11:09

Quatro homens atearam fogo, na madrugada deste sábado, na sala de controle de uma antena de telecomunicações situada na rua Mário Filho, no bairro Vila Manoel Sátiro. Dois deles foram capturados nas proximidades, segundo informações da assessoria da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). A Polícia permanece na busca dos dois foragidos.

O grupo se locomovia em duas motocicletas. Dentre os capturados, estão um homem e um adolescente, que portavam três garrafas vazias de gasolina, alicate usado para romper o cadeado do portão que protegia o imóvel, um isqueiro e spray utilizado para pichação. As informações são da SSPDS.

A primeira foi na localidade de Boqueirão, em Caucaia, quando uma sala de manutenção de uma antena de telefonia foi incendiada e teve a parede pichada com a mensagem: “Essa ação é uma represália a (sic) instalação de bloqueadores de celulares nos presídios. Estamos só começando”. As siglas FDN, CV e PJL acompanhavam a mensagem e significariam Família do Norte, Comando Vermelho e Paz, Justiça e Liberdade (esta última seria lema do Primeiro Comando da Capital, o PCC). O caso foi registrado na quarta-feira, 13.

No mesmo dia, houve ataque a outra antena no bairro Granja Portugal, na esquina das ruas Bragança e Teodoro de Castro. A terceira ação veio na quinta-feira, 14, no bairro Canindezinho. No local, criminosos atearam fogo em dispositivos de transmissão do equipamento e fugiram.

Ataques

Na terça-feira, 12, uma mensagem circulou nas redes sociais supostamente divulgada por um grupo criminoso com ameaças às empresas de telefonia. Uma das motivações apuradas pela Polícia Civil seria a reação ao projeto de bloqueio de celulares nos presídios, apresentado pelo governador Camilo Santana (PT) e aprovado pela Assembleia no dia 11 de março. Com a lei, as operadoras são chamadas a assumir a responsabilidade pelo bloqueio do sinal.

Além das ações contra antenas telefônicas, ataques contra bases policiais e ameaças de bomba têm sido registrados na Capital e no Interior. Conforme O POVO publicou na edição de hoje, a SSPDS aponta que as ações podem ter sido praticadas por oportunistas que querem “gerar uma sensação de insegurança para a população”, afirmando que os casos estão sendo investigados.