A mobilização contra o Aedes aegypti ganhou reforço de 220 mil militares no último fim de semana, enquanto os 300 mil agentes de saúde já agiam em todo o País. A campanha precisa também dos esforços da população. Em Fortaleza, há 25 mil terrenos com acúmulo de lixo na cidade.
Segundo o professor e mestre em Gestão Ambiental, pelo Instituto Federal de Educação do Ceará, Gemmele Santos, o problema é reflexo do crescimento urbano desordenado. "As pessoas constroem suas habitações, muitas vezes, em lugares inadequados", falou em entrevista à rádio O POVO CBN.
O professor lembra que existem duas formas de enfrentamento do mosquito. "Nós precisamos repensar a forma de consumir para reduzir o volume de resíduo e cuidar melhor do nosso resíduo".
Para o coordenador de limpeza urbana da Prefeitura de Fortaleza, Albert Gradvohl, a situação é consequência dos hábitos da população e também da gestão municipal. "Nós temos uma coleta especial urbana que até 2006 crescia em torno de 6% e passou para 32% ao ano. Em 2013, conseguimos diminuir para 17%, mas ainda tem muita complexidade no processo", aponta.
Também em entrevista ao programa O POVO no Rádio, Gradvohl expôs que a fiscalização do lixo na Capital já foi "uma coisa superficial". O coordenador lembrou do investimento da atual gestão em uma "equipação" da cidade para tratar do lixo. "(A Prefeitura) está gastando próximo a R$ 200 milhões/ano, deveria estar gastando próximo a R$ 100 (milhões)".
Em nota, a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP) orienta que a população realize o descarte do lixo domiciliar apenas nos dias e horários definidos.
A secretaria afirma ainda que "a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) também tem atuado na fiscalização de grandes geradores de resíduos sólidos, de acordo com a Lei nº 10.340/15. São aplicadas multas aos estabelecimentos que não fazem o seu correto acondicionamento, transporte, armazenamento, coleta, tratamento e destinação do lixo".
Redação O POVO Online