COSMOS 13/11/2011

Asteroides, cometas e meteoros: um perigo para nós?

"Previsão Podemos ficar tranquilos com relação à previsão de asteroides e cometas, pois a Nasa monitora os candidatos que podem passar mais próximos de nós"
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Victor Alves Alencar cosmos@opovo.com.br
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A Cratera de Barringer, no estado do Arizona (EUA), tem cerca de um quilômetro de diâmetro e 200 metros de profundidade

Olhando para o céu, muitas questões aparecem em nossas mentes. Quantas estrelas tem no céu, se estamos sozinhos no Universo, quanto tempo levaria para viajarmos para outro planeta, mas uma certeza nós podemos ter, nós somos minúsculos! Moramos um planeta pequeno, com uma superfície de cerca de 510 milhões de quilômetros quadrados e ainda assim 71% dessa área é composta só por oceanos. Na porção da Terra que nos resta, vivemos eu, você e os nossos irmãos de espécie, que somando temos cerca de 7 bilhões de seres humanos.

Qualquer catástrofe que envolva a força da natureza faz com que qualquer reação do homem seja inútil. Estamos acostumados a ver acontecimentos como maremotos e terremotos nos noticiários, mas não podemos esquecer que estamos sujeitos a um perigo muito maior: estamos expostos ao Universo.


Desde a criação do Universo, tudo está em constante movimento. Nascimento e mortes de estrelas foram necessárias para que o Sistema Solar fosse desenvolvido. Assim como para que a Terra existisse, muitos proto-planetas tiveram que se chocar, as vezes se destruindo, as vezes se agrupando, para que hoje tivéssemos um planeta para nos desenvolver.


Assim como na época de formação dos planetas, haviam choques entre corpos celestes, hoje também temos choques, mas em menor proporção, pois naquela época haviam muitos corpos compartilhando uma mesma órbita, onde assim o choque entre eles era quase inevitável. A nossa Lua, por exemplo, possui toda a sua superfície marcada de crateras, que são lembranças dessa época de impactos.


Atualmente, apesar de não termos a mesma quantidade de choques entre corpos celestes como havia na época da formação do Sistema Solar, ainda há choques sim. Um exemplo recente foi o choque entre o cometa Shoemaker-Levy 9 e o planeta Júpiter, em meados de julho de 1994, que foi um grande acontecimento para os astrônomos.


O Shoemaker-Levy 9, quando passou de uma certa distância de Júpiter, foi estraçalhado pela força gravitacional do planeta, e entrou em colisão com o mesmo, mas em vários pedaços que variavam de centenas de metros até dois quilômetros. Previsões indicam que o tamanho do cometa, antes de ser despedaçado por Júpiter, podia ter cerca de 5 quilômetros de diâmetro de núcleo. Em comparação com o suposto asteroide que teria colidido com a Terra e extinto parte dos seres vivos (incluindo os dinossauros), o Shoemaker-Levy 9 aproximadamente teria metade do seu tamanho.


Na Terra também temos muitos vestígios de antigas colisões. Uma cratera famosa é a Cratera de Barringer, no estado do Arizona, nos Estados Unidos, é uma cratera bastante conhecida. Ela tem cerca de um quilômetro de diâmetro e 200 metros de profundidade, e provavelmente foi causada por um meteoro de 50 metros viajando a uma velocidade 40.000 km/s.


Dessa forma, temos asteroides, cometas e os meteoros (que são resquícios dos cometas que são deixados pelo caminho e atraídos pela Terra) que podem nos atingir. Asteroides e cometas são bem maiores que os maiores meteoros, e por isso, são mais facilmente detectados e assim podemos prever a sua trajetória e onde ele estará em determinado tempo.


Na noite da última terça feira, dia 8/11, tivemos um asteroide pequenino que passou bem próximo da Terra, aproximadamente 320.000 quilômetros de distância, uma distância que está entre o nosso planeta e a Lua. A notícia de que o 2005 YU55 passaria perto da Terra causou um alvoroço na população, apesar de que fora divulgado que ele não iria colidir com o nosso planeta.


Podemos ficar tranquilos com relação à previsão de asteroides e cometas, pois organismos como a ESO e a Nasa possuem em seus bancos de dados, os candidatos que podem passar mais próximos de nós, e assim os monitoram constantemente.


O que não podemos prever são os meteoros. Eles por serem bem pequenos e não serem detectados, pois eles são pedaços desgarrados de cometas, podem cair em qualquer lugar e a qualquer hora. Mas não precisa ficar com medo, pois a maioria desses meteoros se pulveriza ao entrar na nossa atmosfera, que funciona como um verdadeiro “guarda-chuvas” de meteoros.


Victor Alves Alencar

estuda astronomia desde os 9 anos de idade e hoje é estudante de Física pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

 

É colaborador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA)

espaço do leitor
Alvaro Julio Pereira 12/02/2012 19:29
Gostaria de parabenizar o Victor pela forma didática e interessante que ele escreve sobre Astronomia. Vou fazer uma hemeroteca com os escritos seus na coluna cosmos do jornal O Povo, para posteriormente passar para os meus alunos de graduação no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas aqui em
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