Festa para público LGBTT em Tururu é encerrada a tiros pela Polícia

O destacamento da Polícia Militar informou que a organização da festa não tinha permissão para acontecer depois da meia noite. Segundo os responsáveis pelo evento, festa poderia ocorrer até às 2 horas

Rubens Rodrigues rubensrodrigues@opovo.com.br

Reprodução / Facebook

Clube Forró do Povo

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Uma festa voltada para o público LGBTT, no município de Tururu, a 124,9 km de Fortaleza, foi interdiata pela Polícia Militar (PM) no último sábado, 9. De acordo com a organização da 5ª Festa do Arco Íris, o evento foi encerrado com uma "ação truculenta" da Polícia, cerca de duas horas antes do que estava previsto para terminar. Segundo relatos, a Polícia chegou a atirar para cima para dispersar o público. A ação ocorreu após registro de denúncia anônima.

O produtor de eventos Henrique Feitosa, de 27 anos, afirma que a festa estava regular e os documentos foram apresentados aos policiais. "Tentamos fazer o evento acontecer, mas disseram que era tudo em vão", conta. Feitosa relata que os presentes ficaram "revoltados" com ação e gritaram expressões de ordem como "contra o preconceito". "Foi quando a Polícia atirou pra cima e as pessoas correram. Tinha famílias lá, foi um terror".

A festa começou às 22 horas e a equipe do destacamento policial chegou pouco depois de meia noite. "Eles (PM) pediram os documentos e chamaram o dono do clube. Disseram que mesmo com a documentação, o extintor não estava no local certo. Como lá é um campo aberto, o extintor fica no bar".

A Festa Arco Íris foi criada em 2011 como ação de luta contra o preconceito. "As pessoas do Interior não têm a mente muito aberta, então criamos esse movimento para conscientizar que tem muita seriedade nesse meio. Não é apenas uma festa, é também um trabalho. É um movimento sério", explica Henrique. Segundo a organização, cerca de mil pessoas estavam presentes.

O POVO Online tentou entrar em contato com o comandante do destacamento, Ricardo Moura, mas ele não estava no local e nem atendeu às ligações. De acordo com o sargento Patrício Pinheiro, que não trabalhou no fim de semana, a festa foi encerrada por causa do barulho, além da falta do extintor. Ainda segundo ele, a organização da festa só tinha permissão para o evento acontecer até meia noite. A reportagem também tentou contato com o proprietário do Clube Forró do Povo, mas as ligações não foram atendidas.

> TAGS: festa do arco íris tururu lgbt

Uly Feitosa 11/04/2016 22:53

Sou de lá e sempre rolam festas até no mínimo 2h da manhã, nesse clube. Já fui em várias. Mas a polícia de lá sempre foi assim. Quer botar medo na população, principalmente nos jovens. Lamentável. Sempre foi assim. Agem como coronéis em tempos "quadrados". E infelizmente, sabemos que o caso vai ficar por isso mesmo.

Uly Feitosa 11/04/2016 22:53

Paulo de Tarso 11/04/2016 18:49

O Pior é a desculpas da policia.A falta de extintor, então pode faltar até as 23:59 depois tem que ter? é isso mesmo produção, se essa era o problema nem liberada a festa deveria ser

David Silveira 11/04/2016 18:18

O SUn Tsun explicou bem a situação. O fato tem que ser apurado, e quem errou seja de qual lado for que seja punido. Me dá gastura ver pessoas usando sua orientação sexual para se colocar como coitadinho e vítima como se fossem incapaz de fazer coisas erradas. Todos estamos debaixo da lei, seja quem for.

SUN TSUN 11/04/2016 17:12

Hoje essa bando, costuma usa a condição sexual como desculpar para ter privilégios. Direito acima dos demais. Quem tem autoridade imediata e discricionária para decidir se continua ou não, não são os organizadores das festas. Mas a Lei.

Andrea 11/04/2016 17:06

Não existe festa hétero. Existem festas e qualquer um pode entrar. Caso contrário, o estabelecimento é autuado por discriminação. E com certeza, nenhuma entidade LGBT deixaria passar isso sem fazer rebu.

Castro Paiva 11/04/2016 17:00

QUEIMA VIADARAL E RAPARIGAL QUE A MEGANHA CHEGOU E O PAU COMEU..,

Nazareno Leite de Abreu 11/04/2016 16:39

Se fosse uma festa hetero não só não teria problemas como a própria polícia participaria, ficando do lado de fora para "dar cobertura". Esse tipo de ação truculenta da PM tem q ser averiguado com rigor.

Tururu