A reeducação alimentar pode ser bastante eficaz no combate à obesidade que, de acordo com recentes dados do Ministério da Saúde, atinge mais da metade da população do Brasil. Beber cerca de dois litros d’água diariamente, não pular as refeições – café da manhã, almoço e jantar são as mais importantes – realizar lanches intermediários e mastigar lentamente são hábitos que podem ajudar no combate à doença. Evitar a ingestão de frituras, industrializados e alimentos com excesso de açúcar ou gordura aparente também pode ser uma importante aliada.
Para tratar a obesidade, fator de risco para doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e diferentes tipos de neoplasias malignas (câncer), o paciente deve ser acompanhado por uma equipe composta por profissionais de diferentes áreas, como endocrinologia e nutricionismo. Apneia do sono, distúrbios psicológicos, problemas nas articulações e comprometimento de atividades cotidianas também podem ser consequências da obesidade.
PANORAMA
O número de brasileiros obesos aumentou, na última década, em 60%, chegando ao total de 19% da população. 54% dos brasileiros estão com excesso de peso. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é um dos maiores problemas do mundo. Para 2025, a projeção da Organização é de que os adultos obesos e com sobrepeso ultrapassem a marca de 700 milhões e 2,3 bilhões, respectivamente. “Para diminuir índices tão severos, é importante que haja conscientização dos perigos que o excesso de peso pode causar”, explica a endocrinologista Juliana Ferreira.
CAUSAS
A genética, a alimentação e o sedentarismo são fatores que influenciam diretamente no excesso de peso. Problemas hormonais e psicológicos, uso de medicamentos, qualidade do sono e cessação do tabagismo também podem contribuir para a condição. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, a desnutrição está em redução, mas a subnutrição, que contribui para a obesidade, é uma realidade em ascensão. Isso acontece principalmente em virtude dos maus hábitos alimentares, representados pelo grande consumo de alimentos pobres em nutrientes e com grande quantidade de açúcar, sódio e gordura em detrimento da ingestão de frutas, verduras e legumes.
TRATAMENTO
O tratamento tem etapas como a reeducação alimentar, mudança de hábitos e a prática de atividades físicas. Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser indicado pelo médico. Nos mais extremos, quando não houver sucesso após dois anos de tentativas de redução de peso com exercícios e mudança de hábitos alimentares, o profissional deve avaliar se o paciente atende aos requisitos para a realização da cirurgia bariátrica.
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