Julho 31/08/2016

Déficit primário do Governo Central bate recorde

O Governo Central registrou déficit primário de R$ 18,6 bilhões em julho de 2016. No acumulado de 2016, o déficit soma R$ 51,073 bilhões, também o pior resultado da história
notícia 2 comentários
VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL
A secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, divulga o resultado primário do Governo Central


A queda da arrecadação e a quitação de passivos com bancos públicos fizeram o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrar em julho o maior déficit primário da história para o mês. No mês passado, o resultado negativo somou R$ 18,552 bilhões, valor 2,5 vezes maior que o déficit de R$ 7,144 bilhões registrado em julho do ano passado.


 

O déficit primário representa o resultado negativo nas contas públicas, desconsiderando o pagamento de juros. No acumulado de 2016, o déficit soma R$ 51,073 bilhões, também o pior resultado da história para os sete primeiros meses do ano.


O resultado negativo foi impulsionado pelo pagamento de R$ 9,2 bilhões relativos ao pagamento de subsídios, de subvenções e do Proagro. Desde a publicação dos acórdãos do governo com o Tribunal de Contas da União, no fim do ano passado, o governo quita os passivos com bancos públicos e com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço duas vezes por ano, em janeiro e julho. A ajuda de R$ 2,9 bilhões ao estado do Rio de Janeiro, também paga em julho, aumentou o déficit.


Previdência

O déficit poderia ter sido ainda maior não fosse a entrada de R$ 1,2 bilhão referente à renovação da concessão de usinas hidrelétricas. Essa foi a última parcela dos R$ 17,4 bilhões arrecadados pelo governo com o leilão das usinas, ocorrido em novembro do ano passado. O Tesouro havia recebido R$ 11 bilhões em janeiro e R$ 5,2 bilhões em junho.

 

A queda das receitas, decorrente da crise econômica, é o principal motivo para o déficit primário recorde em 2016. De janeiro a julho, as receitas líquidas do Governo Central caíram 5,4%, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No mesmo período, as despesas totais ficaram estabilizadas, crescendo apenas 0,8% acima da inflação.


Entre as despesas, as que mais cresceram foram os gastos com a Previdência Social, que subiram 5,7% acima do IPCA de janeiro a julho em relação ao mesmo período de 2015. As demais despesas obrigatórias subiram 3,8%, também descontando a inflação.


Greve

Esses crescimentos foram compensados pela queda real (descontando o IPCA) de 3,1% nos gastos com o funcionalismo público e o recuo de 5,7% nas despesas discricionárias (não obrigatórias) em todos os Poderes.

 

Por causa da greve dos servidores do Tesouro Nacional, o órgão não divulgou o valor dos investimentos – como obras e compra de equipamentos – em julho. Inicialmente, os funcionários promoveram um apitaço na entrada do Ministério da Fazenda. Em seguida, eles dirigiram-se ao hall de entrada do sexto andar do prédio, onde a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, explicava os resultados do Governo Central em julho.

 

> TAGS: economia
espaço do leitor
Pietro Cans 31/08/2016 09:53
HERANÇA MALDITA DE LULA, DILMA, PT, PCdoB para esta e as futuras gerações. Podem se preparar, uma década e meia de destruição do país não se resolve em um mês, um ano...vem mais consequencias da herança maldita deles para o "trabalhador brasileiro" aí, pois estes quiseram assim, manter a quadrilha vermelha no poder por todo esse tempo.
Lunga Jr 31/08/2016 07:10
Até 2018 a cantiga da perua é esta, e tudo já devidamente aprovado pela irresponsabilidade congressual, depois pobre de quem assumir o bode, ninguém se engane a nação vai sangrar.
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