[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Frustração do leitor | Coluna Ombudsman | O POVO Online
Ombudsman 01/07/2012

Frustração do leitor

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“Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro”

Mário Quintana, poeta e jornalista

 

Cursos gratuitos de línguas. A manchete de Brasil da edição de segunda-feira, 25, não poderia ser mais atrativa. O primeiro pensamento é automático: onde é? Como devo fazer? Quem procuro? Uma resposta que O POVO facilmente poderia ter fornecido ao seu leitor através de um “Serviço”, a ferramenta ideal para matérias deste tipo. Porém, nada disso foi colocado no texto, o que provocou frustração dos leitores ávidos por uma informação de quais cursos seriam realizados no Ceará.


A leitora Maria de Fátima reclamou que nem sabia como se matricular. “Acabei apelando para o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), que estava relatada no texto e ninguém informou nada”. O protesto continuou com Cristina Barreto que lamentou as incoerências no texto e cobrou a publicação de uma nota de correção. Dezessete comentários criticando a matéria foram registrados no O POVO On line. A matéria informava ainda que as inscrições podiam ser feitas pela Internet. Tudo errado.


VERIFICAÇÃO BÁSICA

Antes de prosseguir é importante explicar aos leitores que grande parte das notícias nacionais e internacionais chega aos jornais através de agências de notícias. São empresas que contratam vários jornalistas em estados diferentes, centralizam a informação e abastecem as redações com fotos e textos. O POVO tem contrato com as conhecidas agências Estado, Folha e France Press, entre outras.

 

No caso da matéria utilizada em Brasil, a origem é a Agência Brasil, do Governo Federal. Pois bem. Cabe a quem seleciona o material acrescentar, cortar, mudar o enfoque, enfim, editar. Foi o que faltou nesse caso. Os leitores têm razão na bronca. O jornal simplesmente reproduziu o texto da agência, sem qualquer tentativa de maior apuração.


SEM DETALHES

Uma leitora fez aquilo que o jornal deveria ter feito antes de publicar a matéria: conferir no site das entidades citadas a veracidade das informações. Uma atitude que poderia ter feito o jornal dar a informação correta: naquele momento as matrículas estavam suspensas. A observação foi feita no comentário interno solicitando a publicação de mais detalhes.

 

Inclusive da informação faltante de que o os cursos de línguas oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) - exatamente os destacados na manchete - são destinados apenas para quem já atua no turismo. Houve a promessa de estudo de nova matéria, mas não houve tempo. Na sexta-feira, o Pronatec abriu as pré-matrículas dos cursos gratuitos para novas turmas. Indagada, a editoria não quis se manifestar.


DE QUEM É A CULPA?

O jornal continua cometendo erros graves na grafia de palavras. Há duas semanas citei falhas que não tinham como explicar aos leitores como o uso de intensão no lugar de intenção e sessão eleitoral no de seção. Essa semana outros dois erros fizeram corar o ombudsman. Um na editoria Radar, terça-feira, onde foi escrito “assessórios” - assim mesmo, com dois esses - em matéria que falava do roubo de acessórios de informática.

 

O outro, domingo, 24, em Política, ao reproduzir declaração de deputado que teria afirmado seu partido estar “cônsul das responsabilidades”. O correto é cônscio. “O que está acontecendo com os profissionais do O POVO?” indagou a leitora Maria Irismar de Paula. “É preciso que volte a figura do revisor” sugeriu outro leitor.


Apontar um culpado seria missão ingrata. Constantemente os profissionais da Redação passam por cursos de Português. O retorno da figura do revisor é descartado. Creio que a falha tem origem ainda nos primeiros anos de escola dos profissionais: a falta de leitura. Cabe a cada um procurar atualização diária.


Esquecido pela mídia: Implantação do ponto eletrônico

 

FOMOS BEM


LONDRES 2012

Lançamento de guia da competição, a 30 dias dos Jogos Olímpicos, marcou entrada do jornal na cobertura

 

FOMOS MAL


SEGURANÇA

Depois de tanta cobrança, aprovação do Estatuto de Segurança Bancária passou sem maior análise

 

Paulo Rogério
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Ombudsman Atual

Tânia Alves é formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e em Serviço Social pela Universidade Estadual do Ceará (Uece). Trabalha no O POVO há 26 anos. Em 2015, ocupará o cargo de ombudsman após oito anos como editora-executiva do Núcleo de Cotidiano, que engloba as editorias Cotidiano, Esportes e Ciência & Saúde.

Tânia Alves
Ombudsman do jornal O POVO

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