[an error occurred while processing this directive] Sonho de Sereia | Revistas O POVO
Comportamento 01/09/2016 - 15h39

Sonho de Sereia

Com muitos adeptos no Brasil, o sereismo é um estilo de vida para pessoas apaixonadas pelo mar, e em busca da preservação ambiental
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Janaina Flor janainaflor@opovo.com.br

De acordo com Mirella Ferraz, a primeira sereia brasileira, o Sereismo é “um estilo de vida, um estado de espírito, onde se cultuam as sereias e a natureza”. Não, não há doutrinas e nem mandamentos. “O importante é ter um amor verdadeiro pelas sereias e também amor e respeito pelo meio ambiente”, completa.

A prática existe em vários países e ganha atenção, principalmente, por conta da moda. Mirella é paulistana e foi a primeira pessoa no Brasil a se interessar pelo movimento, como também a trabalhar com produção e venda de caudas, mas o termo só foi criado em 2013, pela blogueira Bruna Tavares, como uma brincadeira para designar um setor na moda. Hoje a expressão significa o estilo de vida de quem escolhe ‘viver’ debaixo d’água.

“Eu me descobri sereia quando eu nasci! Não consigo imaginar quando isso surgiu em mim, nem mesmo meus pais, minha família. Na época não existia o filme A pequena sereia para despertar isso, pois o desenho chegou ao Brasil apenas em 1990 (ele é de 1989, nos Estados Unidos) e nessa época eu já tinha sete anos.” O interesse pelo assunto acompanhou Mirella durante toda a vida, tanto que ela cursou biologia marinha, para trabalhar com pesquisa e conservação de golfinhos e baleias. O casamento dela aconteceu na praia, usando conchas como adereço de cabelo, e até livros sobre o assunto ela já escreveu, o Sereias – O Segredo das Águas.

Entusiasta de cauda

Para ser uma sereia profissional, como Mirella, é necessário ser ótima nadadora, ter cursos de mergulho e apneia, além de ser uma boa comunicadora com o público, principalmente com as crianças, que são o público alvo. Mas há a opção de praticar apenas por interesse pessoal, como é o caso da jornalista Camila Gomes, paulista de 28 anos, administradora do blog Sereismo, o primeiro no Brasil a falar sobre o assunto.

“A figura da sereia sempre me encantou e eu adorava ouvir lendas e me informar mais. Qualquer coisa que eu visse com sereia eu comprava! Antigamente, antes desse ‘boom’, era difícil encontrar objetos ou roupas com sereias, mas hoje em dia a moda ajudou e está bem mais acessível”, declara Camila. A entusiasta conta que qualquer menina pode ser uma sereia. “Se você gosta do que ela [a sereia] representa e se sente atraído pelos mistérios do mar, você pode se considerar uma sereia. No meu caso, é só por diversão mesmo. Não pretendo trabalhar na área, pois requer muito treinamento.”

 

Príncipe das águas

“Desde criança eu sabia que eu era um tritão, ou sereio como é mais conhecido. Mas como era de se esperar, todos riam de mim, diziam que era besteira, coisa de ‘bichinha’,” conta Pedro Henrique Amâncio, que mora em Fortaleza. Tritão PH, como o rapaz é conhecido nessa comunidade, só conseguiu sua cauda para nadar aos 18 anos. Outras peças do vestuário, como colares e coroas de conchas, ele mesmo faz ou compra.

“Quando estou com pernas, eu sou o Pedro, e quando estou com cauda ainda sou eu. Minha cauda é apenas uma ‘segunda pele’, onde assumo outra forma minha. Quando você me vê nadando com minha cauda, você está vendo a minha alma”, explica o publicitário de 22 anos, que também é conhecido como ‘o Tritão brasileiro’.

Apesar de não ser uma regra para quem assume a prática, PH é vegetariano, e explica que existe um grande número de sereianos adeptos ao veganismo ou vegetarianismo, e que o movimento está diretamente ligado ao ativismo ambiental. “Grandes exemplos são Mirella Ferraz, a Hannah Fraser, e a Linden Wolbert, além de ações como o Project Mermaid”.

Mesmo assim, o publicitário explica que as pessoas têm certo preconceito com a prática, muitas vezes por não conhecer. “Meu professor, por exemplo, até semana passada achava que eu era apenas um garoto bobo que gostava da Ariel. Mas contei a ele sobre toda a comunidade e ele disse que era muito fascinante.” Já os amigos são acostumados e até pedem para ensiná-los a nadar ou tirar fotos. “Sempre terão aqueles que olham torto para um garoto que usa uma cauda de peixe para nadar, mas sou tão feliz com o que faço que nem me importo.”

 

espaço do leitor
ANONIMO 02/09/2016 10:23
cauda feia essa do tritao
Alberto Vitoriano 01/09/2016 20:08
Plagio
Alberto Vitoriano 01/09/2016 20:08
Plagio
Alberto Vitoriano 01/09/2016 20:07
Plagio
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Comentários
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