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candidata a vice

Izolda Cela diz que não esperava resultado negativo do Ideb no Ceará

24/09/2014 | 12:58

A candidata a vice-governadora na chapa de Camilo Santana (PT), Izolda Cela (Pros), disse que não esperava desempenho negativo do Ceará no Indíce de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O resultado da avaliação, divulgado no começo de setembro, mostrou que, na rede estadual, a nota caiu de 3,4, em 2011, para 3,3 - a meta era de 3,5. Izolda Cela foi secretária da Educação durante o governo de Cid Gomes (Pros). Ela foi entrevistada, nesta quarta-feira, 24, na rádio O POVO/CBN, pelos jornalistas Érico Firmo e Erivaldo Carvalho, ambos editores-adjuntos do núcleo de Conjuntura do O POVO.

“Tivemos oscilação de um décimo para menos. Se me perguntar se eu esperava, eu não esperava, porque temos elementos muito importantes que fazem um contraponto”, pontuou Izolda. Ela destacou que a avaliação engloba perfis diferenciados de escolas e gera divergência entre Estados e o Ministério da Educação por não captar a realidade, segundo a ex-secretária.

Izolda destacou o desempenho do Estado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com participação de mais de 90% dos alunos, destacou ela, frisando que há Estados em que a avaliação se dá a partir de poucos alunos com melhor desempenho.

“Nós induzimos, apoiamos, empurramos para que todos façam (o Enem). Apoiamos desde o primeiro dia de aula, desde o CPF desses meninos para que eles fiquem preparados para a inscrição. Temos um mutirão muito efetivo para garantir isso para os meninos. Temos uma média que se destaca no Nordeste. Temos um crescimento importante. O Ensino Médio é um grande desafio, mas temos um crescimento importante. O povo está aí atrás de entender o que foi essa queda (no Ideb)”, afirmou Izolda.

Indicação para o governo

Izolda também foi questionada sobre como se deu sua indicação para a vice-governadoria de Camilo Santana. Ela confessou que, quando seu nome começou a surgir como possível indicação de Cid para a sucessão, sua reação era de “absoluto desinteresse pelo tema”.

A candidata destacou que “resistiu o quanto pode” diante de indicações para o cargo de secretária da Educação tanto de Sobral como do Estado e, da mesma forma, aconteceu com o convite para ser vice de Camilo.

“Mas quando a responsabilidade chega, eu assumo para valer. Aceitei com um sentimento interno de convocação, por confiança em um projeto – isso tem de contar também – confiança nas pessoas. Foi o Camilo quem me convidou. Recebi o convite para ser candidata a vice do Camilo, após indicação do nome dele. Isso é muito significativo. Para enfrentar desafios dessa envergadura, a gente precisa ser time, precisa de confiança”, destacou.

Universidades estaduais

Indagada sobre a greve dos professores das universidades estaduais, Izolda afirmou que não conhecia a fundo a situação das universidades por elas não serem parte da pasta da Educação. Ela ressaltou melhorias na situação do ensino superior estadual durante a gestão de Cid, como salários e condições de trabalho.

Ela prometeu que, em seu governo e de Camilo, o objetivo será abrir diálogo com as universidades para conhecer quais os problemas e buscar soluções.

Questionada se sua posição diferenciava da do governador Cid que já afirmou não negociar com professores grevistas, Izolda pontuou que seu objetivo é dialogar para que greves não aconteçam.

“Promessas mirabolantes”

“Em nenhum momento eu acho que temos um céu de brigadeiro, seja com relação a universidades, a rede de educação básica, a saúde, à segurança, não temos coisas absolutamente perfeitas”, disse Izolda em relação ao desempenho do Estado.

“Essa experiência que eu tive (como secretária), esse grande aprendizado. Nós não temos também promessas fáceis e promessas mirabolantes de que vamos resolver todos os problemas do Ceará. Nos comprometemos com questões que nos parecem fundamentais, mas nós temos também a compreensão de que vamos nos encontrar com os desafios de todas as áreas e um dos canais fundamentais é abrir diálogo”, acrescentou.