A presidente Dilma Rousseff, reeleita neste domingo, 26, para um segundo mandato de quatro anos por uma apertada margem de votos, pediu paz, união e diálogo e assegurou que estenderá pontes aos seus detratores para "mudar" o país.
"Minhas primeiras palavras são de um chamado à paz e à união", disse Dilma, em Brasília, após ser proclamada vencedora destas disputadíssimas eleições contra o social-democrata Aécio Neves.
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"Esta presidente está disposta ao diálogo e este é o meu primeiro compromisso no segundo mandato", acrescentou, comprometendo-se a promover uma "reforma política" e a "combater a corrupção" com penas mais duras.
No discurso, várias vezes interrompido por emotivas palavras de ordem da militância, não mencionou Neves nem uma única vez, que momentos antes disse ter ligado para ela para lhe desejar sucesso no novo mandato.
Ao reconhecer a derrota, em Belo Horizonte, Aécio havia pedido, mais cedo, a Dilma que priorizasse um "projeto honrado" para o país, abalado por escândalos de corrupção.
"Cumprimentei, por telefone, a presidente reeleita e desejei a ela sucesso no seu próximo governo. O maior desafio agora deve ser unir o Brasil em torno de um projeto honrado que dê dignidade a todos os brasileiros", disse Neves.
"Quero ser uma presidente muito melhor do que fui até agora", prosseguiu Dilma, acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu padrinho político, a quem chamou de "militante número um das causas do povo e do Brasil".
Dilma considerou que o resultado apertado "não dividiu o país pela metade".
Estas eleições "mobilizaram ideias e emoções, às vezes contraditórias, mas movidas por um sentimento comum, a busca de um futuro melhor para o país", declarou.
"Fui levada à Presidência para fazer as grandes mudanças que os brasileiros exigem", inclusive uma profunda reforma do sistema político e um combate "mais rigoroso" à corrupção no país.
O sistema político brasileiro, com um Congresso onde estão representados mais de 25 partidos políticos, obriga muitas vezes o partido no poder a negociar alianças em troca de cargos públicos.
"Meu compromisso é fazer esta reforma, que é responsabilidade constitucional do Congresso e que deve mobilizar a sociedade em um plebiscito por meio de uma consulta popular. Isto vai dar legitimidade para levar adiante uma reforma política", acrescentou.
No ano passado, uma consulta popular para promover as mudanças políticas foi rejeitada no Congresso.
Dilma antecipou, ainda, que promoverá "ações localizadas" na economia para "retomar o crescimento" e sair da atual recessão técnica, combater a inflação e avançar na responsabilidade fiscal.
"Vamos dar impulso econômico em todos os setores, especialmente o industrial", destacou.
Dilma, uma ex-guerrilheira de 66 anos, presa e torturada durante a ditadura, obteve 51,64% dos votos sobre 48,36% de Aécio, com 99,95% das urnas apuradas.
AFP
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