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Enquanto os primeiros senadores subiam à tribuna para proferir os discursos contra ou a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o prefeito Roberto Cláudio (PSB) recebia 20 representantes dos taxistas da Cidade para tratar sobre a chegada do Uber em Fortaleza. A reunião, que durou cerca de duas horas, ocorreu no Paço Municipal, no Centro, que, aliás, não teve a rotina alterada por conta da votação de ontem no Senado Federal.
O entra-e-sai de veículos na entrada principal da sede da administração municipal só foi interrompido pelo movimento dos taxistas, que realizou bloqueio no trânsito da rua São José, entre as ruas Sobral e Senador Almir Pinto. O objetivo era pressionar a Prefeitura de Fortaleza para impedir a continuidade do aplicativo Uber na Capital por meio do aumento de fiscalização. Não havia nenhum rádio ligado nos discursos dos senadores. Nenhum comentário acuado sobre as falas em plenário. A pauta ali era local.
Um funcionário, que não quis se identificar, disse ao O POVO que o clima era de normalidade pelos corredores do Paço Municipal. Todos os setores funcionavam sem sobressaltos. “Mas tem umas tevês ligadas na transmissão da sessão, né? Tem que acompanhar”, disse.
Terminada a reunião, o prefeito Roberto Cláudio apareceu em uma das sacadas do prédio. Observava, de longe, a movimentação dos taxistas. O POVO perguntou se o prefeito gostaria de comentar sobre a sessão no Senado. Roberto Cláudio desconversou e logo após voltou para a parte interna do prédio. O prefeito cumpriu agenda. À noite, foi entregar obra de recapeamento asfáltico em vias do bairro Dias Macedo.
No Palácio da Abolição, o expediente seguiu normalmente. Pelo menos foi o que relataram, para a reportagem, duas prestadoras de serviço do Governo do Estado. “No nosso setor, não tem nem televisão. A gente não tava acompanhando, não”, disse uma delas, também sem se identificar. “Tá tudo normal”, garantiu.
No fim da tarde de ontem, era possível perceber a movimentação nos gabinetes da sede da administração estadual. O vai-e-vem dos funcionários era visto através das vidraças pelo lado da avenida Barão de Studart. Um garçom se encaminhava para as escadarias levando uma jarra d’água. Em uma sala ampla na extremidade direita do prédio, via-se o senador Renan Calheiros a conduzir a sessão do impeachment pela televisão. Um homem, não identificado, assistia à transmissão.
Redação O POVO Online
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