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Cid Gomes aponta articulação entre PMDB e PSDB pós-impeachment de Dilma para governo de Temer

18/03/2016 | 20:59

“O que está se tramando é uma coisa articulada entre o PSDB, que nunca se conformou em perder a eleição, com o PMDB, que está venda na possibilidade (impeachment da presidente Dilma Rousseff) de sair de um partido de linha auxiliar como um partido chefe”, disse o ex-governador do Ceará, Cid Gomes (PDT), sobre a união dos dois partidos para tentar derrubar a atual presidente da República.

A declaração foi dita em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 18, na sede da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, no bairro Aldeota, em Fortaleza.

Na mesma entrevista, Cid afirmou que existe por parte de alguns setores da elite brasileira uma tentativa de querer transformar Lula em “um marginal”. “Houve um orquestramento para tentar destruir o Lula” e continuou: “Eu nunca achei que ele fosse o Deus como era considerado no passado. Também não é um marginal”.

Porém, quando indagado se a aceitação ao ministério da Casa Civil foi uma confissão de culpa, o ex-governador do Estado e ex-ministro da gestão da gestão da presidente Dilma Rousseff, desconversou e não respondeu a pergunta feita.

PSDB e PMDB de Michel Temer

“O PSDB está na ilusão com o Michel Temer”, disse o pedetista sobre a união dos dois partidos para acelerar o processo de impeachment de Dilma.

“O senhor acha que o governo do Michel Temer já está sendo montado?”, perguntou um jornalista.

“Você acha que em uma reunião que teve um dia desses, entre Renan (Calheiros, presidente do Senado – PMDB), Eunício (Oliveira, senador do PMDB), Tasso (Jeireissati – PSDB) e Aécio (Neves, presidente nacional do PSDB e derrotado nas eleições de 2014) era o quê? Claro que era isso (governo para o Michel Temer)... Já estavam dividindo, tramando, programando, enfim”, declarou.

Cid Gomes também detonou o vice-presidente da República e o presidente nacional do PMDB. Michel Temer. “ Na minha opinião, ele é chefe presidente do que significa do mais podre do País, que é o fisiologismo”, falou.

Redação O POVO Online