Angela Gutiérrez, autora de O Mundo de Flora
O POVO: O que mudou e o que permanece 25 anos depois?
Angela Gutiérrez: A escrita e a publicação de O mundo de Flora constituem, sem dúvida, um marco em minha vida. As circunstâncias em que se escreve um livro têm grande importância em sua escrita. Gosto desse romance. Com certeza, muito mais do que quando o escrevi, quando temia por sua recepção. Hoje, tenho carinho pelo livro que me fez escritora. Talvez demorasse um pouco mais na fase de Flora mulher…
OP: Ele também é um livro sobre a morte, como se a protagonista se preparasse para ela. Por que você fez essa opção?
Angela: Ao escrever O mundo de Flora, confrontava-me com uma enfermidade, e a doença, muitas vezes, é irmã caçula da morte. Mesmo tão jovem, temia que a morte já me aguardasse. Aliás, eu já a encontrara no rostinho doce e inocente de meu filho-anjinho. Assim, no romance, deleguei a uma personagem a expectativa do encontro com a morte. Confesso que sofri com isso, tanto ao relembrar meu para sempre bebê, como ao criar as condições para a possível morte da personagem que me representava. Tanto que abri, na narrativa, a possibilidade de uma morte apenas ficcional, como historinha contada para el-rei.
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