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Do Charlie Brown Jr. ao grupo Rouge, o produtor Rick Bonadio esteve por trás de muitos sucessos da música brasileira. Ele tem um estúdio em São Paulo chamado Midas, uma referência ao personagem da mitologia grega conhecido por transformar tudo o que toca em ouro. E assim foi com a primeira banda de destaque produzida por ele: os Mamonas Assassinas se tornaram um fenômeno popular – e lucrativo – após passar pelas mãos de Rick.
Com três milhões de discos vendidos do único CD lançado antes do acidente trágico, em 1996, o grupo acabou alavancando a carreira de Rick, que em 20 anos já produziu mais de 300 álbuns. Em entrevista ao O POVO, Rick afirma que tinha de, muitas vezes, lapidar as letras e temáticas propostas por Dinho, Júlio, Alberto, Samuel e Sérgio.
O POVO - Rick, passados 20 anos da morte dos músicos, a que você atribui a permanência tão viva da banda na memória dos fãs?
Rick Bonadio – As músicas dos Mamonas são muito fortes, engraçadas e com muita energia de banda. Em qualquer época serão sucesso. Outro ponto é a ousadia das letras. Nunca mais será possível fazer esse tipo de letra sacaneando tudo e todos, o mundo está ficando muito chato.OP - O que aqueles artistas tinham que te fizeram apostar neles enquanto produtor?
Rick - Eles eram muito criativos. As letras dessa fase Mamonas abriram um horizonte infinito pra mim como produtor. Com aquelas letras tão boas a gente poderia se divertir muito fazendo qualquer tipo de som e sempre misturando o rock.
OP - O que foi mais prazeroso e mais difícil de trabalhar com os Mamonas Assassinas?
Rick - O mais prazeroso sempre foi a convivência com os cinco, porque tudo era levado na brincadeira e no alto astral. As dificuldades acabavam sendo leves perto do bom humor que imperava. A parte difícil era organizar as letras que às vezes eram muito grandes e tinham partes pesadas demais. Era difícil cortar coisas porque tudo era muito engraçado. Dava dó de deixar de fora mas era preciso ter um balanço nas brincadeiras para não perder a mão.
OP - Como conhecedor do mercado musical, você acredita que o estilo dos Mamonas teria espaço hoje?
Rick - Não. Hoje os Mamonas seriam taxados de preconceituosos e ofensivos. (Paulo Renato Abreu)
OUTRAS TRAGÉDIAS
Além do quinteto de Garulhos, acidentes aéreos vitimaram outros nomes da música mundial. Em 1935, o cantor de tango Carlos Gardel morreu após o choque de duas aeronaves na Colômbia. Em 1959, uma única queda de avião matou três jovens astros do rock nos Estados Unidos: Buddy Holly, Ritchie Valens e J.P. Richardson, o Big Bopper. Em 1990, a queda de um helicóptero matou o compositor e guitarrista Stevie Ray Vaughan, ex-líder da banda Double Trouble.
HOMENAGENS
Na televisão, os 20 anos de partida da banda Mamonas Assassinas serão lembrados em homenagens. O Multishow vai apresentar programação especial para os fãs da banda. O TVZ, programa de clipes da emissora, vai exibir, a partir das 19 horas, Pelados em Santos, Vira-Vira e outros sucessos do grupo. Já às 20h30min, ainda no Multishow, é a vez de o documentário Mamonas pra Sempre ir ao ar. Lançado em 2009, o filme reúne imagens da banda em diferentes situações, além de depoimentos de pessoas ligadas a ela.
Às 23 horas, a GloboNews exibe o programa Arquivo N, que também passa por todas as etapas do quinteto, da fase difícil do começo da carreira até o dia da morte deles, em 1996. Já o jornalístico SBT Brasil, às 19h45min, exibe reportagem especial sobre o grupo.
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