“O rock não só está vivo, como estamos produzindo muito”, enfatizou Nando Reis, um dos convidados do projeto Nivea Viva Rock Brasil. Além do ex-Titãs, Pitty, Paula Toller e Paralamas do Sucesso estão unidos no projeto que saúda o rock brasileiro. O projeto foi anunciado ontem, 23, em coletiva de imprensa em São Paulo.

Com show inédito dirigido por Liminha e Monique Gardenberg e banda formada por Dado Villa-Lobos (Legião Urbana), João Barone (Paralamas), Maurício Barros (Barão Vermelho) e Rodrigo Suricato (Suricato), a homenagem ao rock terá uma premiere no Rio de Janeiro, no próximo dia 15, e segue para Porto Alegre, Recife, Salvador, Brasília e São Paulo e Fortaleza, onde os os músicos se apresentam no Aterro da Praia de Iracema no dia 15 de maio.

O repertório do show faz um resgate da história do gênero musical no País. Partindo de Celly Campello, o projeto inclui momentos da Jovem Guarda e Tropicalismo chegando a bandas como Charlie Brown Jr., Raimundos e Los Hermanos. Entre as músicas apresentadas, os sucessos dos intérpretes do projeto também têm espaço. Segundo Liminha, a escolha das canções tem sido “muito difícil” pelo grande leque de artistas importantes nesse segmento. “Teremos muitas surpresas ainda”, contou sobre o repertório final e as diferentes combinações de artista no palco.

“São músicas que marcaram muitas gerações, diferentes classes sociais, é o Brasil inteiro cantando”, apontou Paula Toller, ao celebrar a diversidade das canções que serão apresentadas ao público. “As mulheres estão bem representadas, temos aqui eu e Pitty. E é importante destacar que todos somos compositores, além de cantores”. Para a artista, o gênero musical acabou registrando diferentes momentos da história nacional. “O rock fala do momento, do que é contemporâneo”, finalizou.

Nando Reis destacou também que a apresentação foi pensada para agregar novos olhares ao rock, além de resgatar fãs antigos. “A história contada no show não é apenas a história da música, é a história do Brasil. Não existe hit que não seja legitimado pela vontade popular, a música depende desse tipo de identificação”, afirmou. “Vamos apresentar uma antologia do rock brasileiro, dos primórdios até hoje. O roteiro do show emociona, porque nos remete a diversas épocas e movimentos musicais”, completou Monique Gardenberg.

Nova geração

Apesar de ter mais de quinze anos de carreira, Pitty representa, dentro do projeto, a nova geração do rock. Para ela, os novos artistas, que surgem a cada ano, continuam mostrando a força do gênero no Brasil. “Eu particularmente me sinto muito ofendida quando alguém diz que não existe mais rock no Brasil. Meu bem, procure saber. Para onde você está olhando?”, provocou, rindo.

 

Para ela, os artistas estão mais espalhados e chegam ao público de diferentes formas. “A gente tende hoje a ter uma coisa menor, porque você se autodocumenta, você pode gravar seu próprio vídeo, ter um canal no Youtube. Você também não depende tanto da grande mídia para ser visto”, disse. Afirmando ter tido como base os parceiros de projeto, ela celebra as seis décadas do gênero. “Eu acompanho o rock, eu vivo o rock, eu sei o que acontece nas entranhas desse movimento e a coisa continua muito viva”, celebrou.

O Nivea Viva Rock Brasil mantém o mesmo formato das edições anteriores, que homenagearam grandes nomes da música. Em 2012, Maria Rita interpretou os sucessos da mãe Elis Regina. Em 2013, Vanessa da Mata deu voz a clássicos de Tom Jobim, e em 2014, Martinho da Vila, Alcione, Roberta Sá e Diogo Nogueira deram voz a releituras dos clássicos do samba. Na edição do ano passado, Ivete Sangalo e Criolo cantaram Tim Maia, projeto que rendeu um disco da dupla. (Paulo Renato Abreu)

O repórter viajou a convite do evento

 

SERVIÇO

 

Nivea Viva Rock Brasil

Quando: 15 de maio

Onde: Aterro da Praia de Iracema

Gratuito

Informações: www.nivea.com.br/vivarock‎