[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Previsível, Star Wars - O Despertar da Força é um filme para fãs | O POVO
VIDA&ARTE VIU. 21/12/2015

Previsível, Star Wars - O Despertar da Força é um filme para fãs

Respeitoso do primeiro ao último minuto, O Despertar da Força, reúne um grande e competente elenco em uma história muito, muito familiar
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André Bloc andrebloc@opovo.com.br
DIVULGAÇÃO
Rey (Daisy Ridley) e Finn (John Boyega) e BB-8 em cena de O Despertar da Força

Passados 38 anos e Darth Vader ainda é o melhor personagem de Star Wars. Se o misterioso vilão de trajes negros ganhou profundidade, mas perdeu força na segunda trilogia de George Lucas (1999 – 2005), em O Despertar da Força o personagem ganha, pela primeira vez, empatia.

 

Em Star Wars: O Despertar da Força, o diretor e co-roteirista J. J. Abrams não só reverencia a obra de George Lucas, como espelha Uma Nova Esperança (1977) a toda hora. Logo após a primeira sequência, um carismático robô (BB-8) se perde em um mar de areia (Jakku), até encontrar um talento perdido (Rey). Mude os parênteses para R2-D2, Tattoine e Luke e temos a trama original de 1977. O filme introduz ainda um charmoso piloto, Poe Dameron (Oscar Isaac), um vilão mascarado, Kylo Ren (Adam Driver) e um mestre alienígena multicentenário, Maz Kanata (Lupita Nyong’o), facilmente os três melhores elementos “novos” do filme.


O destaque absoluto, no entanto, é Adam Driver. Perdido, frágil, irascível e humano, o ator consegue dar todas as camadas a Kylo Ren que faltaram ao Anakin Skywalker de Hayden Christensen – principalmente no hediondo O Ataque dos Clones (2002). O ápice dramático do filme referencia O Império Contra-Ataca (1980), ecoando de forma verossímil no ápice de A Vingança dos Sith (2005). Enquanto Anakin era seduzido pelo lado negro e logo depois partia para assassinar crianças, Kylo admite a atração pela luz e a atuação de Driver deixa tudo palpável.


O Despertar da Força é, em suma, um filme para fãs, daqueles que aplaudem a cada referência identificada. Com isso, o passado acaba sendo uma muleta no roteiro de Abrams, Lawrence Kasdan e Michael Arndt, desenrolando a obra de forma formulaica, em que novos personagens assumem o papel dos antigos. O desenrolar, com isso, fica previsível. A bem da verdade, o fato não é dos mais graves, já que historicamente Star Wars é uma trama de arquétipos gerados do monomito de Joseh Campbell (Jornada do Herói).


Ainda assim, é tudo fácil demais. Os encontros são todos muito convenientes, sempre justificados pelas ações misteriosas da Força, algo como um “Deus Ex Força”. Personagens separados por terremotos, armas jedi perdidas e que ressurgem em horas convenientes, amizades que surgem quase que por geração espontânea. Assim como em Super 8 (2011), Abrams faz uma grande homenagem ao cinema de um mestre e utiliza toda a cartilha cinéfila para isso. O problema de ambos é que o diretor nunca subverte essas noções. Mais hábil que George Lucas e menos que Steven Spielberg, Abrams consegue dar pelo menos um grande avanço, com uma direção mais coesa e elegante.


Han Solo (Harrison Ford), Rey (Daisy Ridley) e Finn (John Boyega) formam uma entourage até mais carismática do que Solo/Luke/Leia. O ex-stormtrooper se junta a BB-8 como novos alívios cômicos, no lugar de C-3PO e R2-D2. Já a catadora de sucata é perfeita... demais. Grande piloto, agulha moral, jovem e resoluta, usuária precoce da Força, mecânica autodidata, ela é tudo. Ou seja, uma “Mary Sue”, como são apelidadas as protagonistas idealizadas no contexto da cultura pop. Mas a diversidade de O Despertar da Força é algo de emocionar. E, entre CGI e alienígenas, Star Wars é sobre sentimentos e humanidade.


"Assim como em Super 8 (2011), Abrams faz uma grande homenagem ao cinema de um mestre e utiliza toda a cartilha cinéfila para isso"


Serviço

Star Wars: O Despertar da Força (EUA, 2015). Fantasia. 12 anos. 135 min. De J J. Abrams.

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